Parauapebas: Júlio César é indiciado por falsa comunicação de crime

Em nota, a defesa de Júlio César afirma que o inquérito possui graves vícios, incluindo conduta dolosa de peritos e agentes da Polícia Civil

Continua depois da publicidade

O delegado João Batista Amorim, que preside o inquérito que investiga a suposta tentativa de assassinato do então candidato a prefeito de Parauapebas nas eleições de 2020, Júlio Cesar Araújo Oliveira (PRTB), juntou, em 17 de fevereiro de 2022, a peça final do inquérito onde indicia criminalmente Júlio Cesar e outros três ocupantes do veículo pela prática de falsa comunicação de crime.

Para tanto, o delegado informa haver divergências entre os depoimentos das testemunhas, assim como discrepâncias com o laudo pericial produzido pela policia científica do Estado do Pará. Na peça, de 251 páginas cuja uma parte o leitor poderá ler ao final desta matéria, o delegado faz relatos de todas as supostas inconstâncias nos depoimentos das testemunhas.

Em nota encaminhada ao Blog, a defesa de Júlio Cesar diz que: (1) o referido indiciamento não é, necessariamente, um fato novo; (2) que o referido inquérito possui graves vícios, incluindo conduta dolosa de peritos e agentes da Polícia Civil, que serão detalhados oportunamente na Justiça; (3) que a apresentação deste relatório, neste momento, tem 3 objetivos:
Denegrir a imagem do Sr. Julio Cesar; Dissuadir a real autoria do atentado contra a vida dos 4 ocupantes do veículo; Lançar uma cortina de fumaça sobre o principal fato político do Estado do Pará que é a IMINENTE CASSAÇÃO DO MANDATO DO PREFEITO DARCI JOSÉ LERMEN e de seu vice, João do Verdurão.

Confira a íntegra da nota encaminhada ao Blog por Júlio César:

logo após o suposto atentado, os apoiadores de Júlio César fizeram campanha maciça nas redes sociais levantando a informação de que baleamento se tratava de uma tentativa de tirar o então candidato do páreo. A campanha ganhou as primeiras páginas dos jornais e foi tema do Programa Fantástico, da Rede Globo de televisão. Com isso, Júlio César, que à época figurava em quarto lugar nas pesquisas, ganhou terreno e chegou ao final da eleição em segundo lugar, tornando-se figura política conhecida no município.

A decisão de acatar o pedido do delegado caberá ao juiz que julga a representação eleitoral movida pela campanha vencedora. Leia a parte final do inquérito, onde JC e seus companheiros foram indiciados: