Parauapebas e Canaã exportam mais que São Paulo e se firmam no topo nacional

Dupla paraense surra a maior cidade das Américas e confere ao Brasil maior lucro de toda a história na balança comercial. Pela primeira vez, também, “top 10” das exportações tem mais nomes do Pará.

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Só deu Pará em novembro na balança comercial brasileira. Pela primeira vez, o estado emplacou três municípios de uma só vez entre os dez maiores fornecedores de commodities ao exterior, destronando o estado de São Paulo, que tradicionalmente emplaca a capital e, pelo menos, mais outras duas localidades mensalmente. Parauapebas (1º), Canaã dos Carajás (3º) e Marabá (10º) também lideram, em conjunto, o superávit na balança comercial, quando o saldo líquido entre exportações e importações é positivo.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que examinou nesta segunda-feira (7) os dados da balança comercial em nível de município liberados pelo Ministério da Economia e referentes ao mês de novembro. Parauapebas é o campeão do mês com 882,84 milhões de dólares exportados, muito mais que os 731,51 milhões de dólares registrados pela cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior da América do Sul.

Atrás de Parauapebas e do Rio está Canaã dos Carajás, com 688,35 milhões de dólares exportados, mais que o petrolífero Duque de Caxias (RJ), com 579,32 milhões, e São Paulo, maior cidade do mundo ocidental, que registrou 449,18 milhões de dólares em exportações. Em 10º, Marabá surge em sua melhor performance com 219,36 milhões de dólares.

No acumulado do ano, de janeiro a novembro, Parauapebas é o 3º maior exportador nacional, com 6,914 bilhões de dólares transacionados, atrás apenas de Duque de Caxias (8,554 bilhões) e Rio de Janeiro (7,876 bilhões). Canaã é o 4º, com 5,981 bilhões de dólares. Já Marabá aparece em 24º, com 1,493 bilhão. À frente de Marabá aparece Barcarena, na 16ª colocação nacional, com 1,706 milhão de dólares exportados.

Produção de minério

Parauapebas e Canaã dos Carajás são, sem novidade, os dois municípios que atualmente mais lucro conferem ao Brasil. Eles possuem baixíssimo apelo à importação de commodities e, em contrapartida, exportam muito. A diferença entre o que exportam e o que importam é favorável ao país em mais de 12 bilhões de dólares apenas com a dobradinha da dupla paraense.

Isso, contudo, só é possível graças à fartura registrada na produção de minério de ferro das minas de Carajás. Na Serra Norte, em Parauapebas, a mineradora multinacional Vale, “agente oculta” responsável pela ostentação dos números da balança, produziu 91,36 milhões de toneladas de minério este ano. Já na Serra Sul, em Canaã, a Vale produziu até o momento 74,25 milhões de toneladas.

O Blog computa 165,61 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas pela Pará este ano, um recorde. No ano passado, a essa altura, o Pará havia produzido 165,01 milhões de toneladas, sendo 97,1 milhões em Parauapebas, 65,56 milhões em Canaã e 2,35 milhões em Curionópolis.