Pará lidera vendas no comércio varejista em junho

É o melhor mês de vendas da série histórica do IBGE e tem a ver com “cansaço” das pessoas com confinamento imposto por Covid-19; população resolveu encarar pandemia ir às compras.

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Um espetacular crescimento de 39,1% sobre as vendas do comércio varejista de maio para junho marca a fase de recuperação econômica do Pará, que ficou paralisado em boa parte do primeiro semestre deste ano. O estado registrou o maior crescimento do país no período, de acordo com dados divulgados nesta quarta (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento nacional foi de 8%, e a maior economia da Região Norte conseguiu prosperar cinco vezes mais que a média.

O Blog do Zé Dudu analisou os indicadores da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e constatou que, além disso, o Pará foi destaque no comércio varejista ampliado (que inclui veículos, motos, peças e materiais de construção), com crescimento retumbante de 43%, só superado pelo vizinho Amapá, que assinalou 43,3%.

De acordo com o IBGE, junho de 2020 foi 17,9% melhor para o comércio paraense em relação ao mesmo período do ano passado. Analisando o perfil do movimento de junho na série histórica, o Blog identificou que o deste ano foi o melhor mês de todos os tempos. Em abril e maio, contudo, as quedas foram de 16,2% e 15,4%, respectivamente, as mais intensas da série. Em 12 meses corridos, apesar da pandemia, o setor registra alta de 3,1% no movimento aqui no estado.

Uma das explicações para esse crescimento tão vigoroso foi justamente a pandemia, que inibiu a circulação de pessoas, o potencial de consumo e a movimentação comercial entre os meses de abril e maio, mas não conseguiu se sustentar em junho, quando a população se cansou do confinamento, passou a trabalhar, encarou o coronavírus e saiu de casa. O potencial de gastos não executados em abril e maio foi despejado no comércio em junho. A perspectiva para os próximos meses é de comércio aquecido.

Apesar da expansão das vendas no Pará, três estados amargam perdas no setor comercial, sendo 2% no Mato Grosso, 2,4% na Paraíba e 9% no Rio Grande Sul, estado que ostenta a situação mais crítica.