Ourilândia do Norte: Júri condena a 13 anos de cadeia vizinho que matou o outro a tiros por motivo fútil

O réu, entretanto, vai cumprir a pena em prisão domiciliar, até que a sentença transite em julgado. A viúva da vítima e testemunha do crime morreu de AVC logo após o julgamento

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Em Ourilândia do Norte, José Alves Paulo, 68 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado na terça-feira (28), foi condenado a 13 anos de prisão, pelo assassinato de Valteli Francisco Bento, executado em 24 de fevereiro de 2019, no Km 10 da Vicinal do Picadão.

O motivo do crime, considerado fútil pelo Ministério Público Estadual (MPE), foram desavenças causadas pelo fato do cunhado de Valteli, Lindomar Rosa Cabral, ter mudado do local com a família após ter sido ameaçado de morte José Alves Paulo, tendo Valteli ficado sem onde colocar seu gado, já que antes usava o pasto de Lindomar.

Após o crime, José Paulo, já da Delegacia de Polícia Civil, alegou que atirou em Valteli, em legítima defesa. Afirmação refutada pelo MPE, que, na denúncia enviada à Justiça contradiz essa tese, afirmando que de acordo com o Laudo de Exame Cadavérico “a vítima foi atingida por projéteis de arma de fogo no olho, face, crânio e braços, o que, por si só já rechaça a tese de legítima defesa”.

O Júri Popular foi presidido pelo juiz substituto Matheus de Miranda Medeiros, da Vara Única da Comarca de Ourilândia do Norte, que, ao proferir a sentença, manteve a prisão domiciliar de José Alves Paulo, condição na qual ele estava durante a instrução processual, que deve ser mantida em caso de recurso, até o trânsito em julgado, quando será reavaliada.

Após o julgamento, Valdeci Moreira dos Santos, viúva de Valteli Francisco Bento, que testemunhou o crime, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), chegou a ser socorrida para o hospital municipal, porem morreu ao dar entrada.

(Colaborou: o repórter Jucelino Show, de Tucumã)