Muita cobrança, mas os próprios alunos destroem os ônibus escolares em Parauapebas

Na noite de ontem, um ônibus escolar que levava alunos para a Escola Domingos Oliveira teve uma das janelas traseiras arrancadas em ato de vandalismo. A situação acontece corriqueiramente, segundo denuncia motorista da Semed

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O motorista Célio Antônio Alves de Brito, lotado na Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Parauapebas, procurou a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência relatando que, por volta das 19 horas de ontem, terça-feira (2), alunos que estavam sendo transportados pela a Escola “Domingos Oliveira” quebraram a janela traseira direita do ônibus dirigido por ele. Em consequência, as crianças do ensino infantil daquela escola ficaram sem condução e, consequentemente, sem poder assistir às aulas nesta quarta-feira (3), assim como os alunos do horário de 11h às 13h.

Célio contou à Reportagem do Blog que, embora a Semed receba muitas cobranças quanto ao transporte escolar, como mostrou uma emissora de TV recentemente, a secretaria não está poupando esforços para normalizar a situação. Porém, quando os ônibus passam a circular, os próprios alunos tratam de destruí-los.  O problema, segundo o motorista, afeta principalmente os veículos que fazem rota para os bairros Tropical, Ipiranga, Vale do Sol e às escolas Nelson Mandela, Domingos Cardoso e Eunice Moreira.

“Os próprios alunos faltam com o respeito totalmente dentro do transporte escolar. Ontem à noite, eles derrubaram uma janela, correndo o risco de atingir alguém ou algum veículo que estivesse passando ao lado do ônibus naquele instante”, relata o condutor, afirmando que muitos estudantes apresentam um comportamento em casa, mas quando entram no transporte escolar “se transformam”.

Indagado se o motivo dos protestos violentos dos alunos não seria a superlotação, Célio Antônio diz que na grande maioria das viagens não há superlotação e que os estudantes criam situações de conflito, como brigas, desordens, dentro do transporte escolar para quebrarem os ônibus. “A gente está dirigindo e não pode desviar a atenção para o que está acontecendo lá atrás, sob o risco de causar um acidente”, explica ele, acrescentando que a destruição acontece mesmo por “pirraça” dos estudantes.