MP age para controlar uso de agrotóxico em Marabá e mais 2 municípios

Projeto ‘Plantando um Futuro Saudável” é lançado na Escola Família Agrícola e visa se estender aos agricultores da região

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Inibir o uso indiscriminado de agrotóxico nos municípios de Marabá, Nova Ipixuna e Bom Jesus do Tocantins e promover a conscientização do consumo e do cultivo de produtos orgânicos e agroecológicos, estimulando uma cadeia de produção saudável. Esse é o objetivo do projeto ‘Plantando um Futuro Saudável”, lançado em setembro na Escola Familiar Agrícola (EFA), em Marabá. O projeto será desenvolvido nos municípios de Marabá, Nova Ipixuna e Bom Jesus do Tocantins e foi criado pelas promotorias de Justiça de Marabá, mais especificamente pelas promotoras de Justiça Josélia Leontina de Barros Lopes, Aline Tavares Moreira e Mayanna Silva de Souza Queiroz, com apoio do servidor Antônio dos Santos Motta.

O ‘Plantando um Futuro saudável” visa a garantir a fiscalização em relação ao uso indiscriminado de agrotóxicos, conscientizando agricultores e consumidores para a existência de informações importantes sobre como lidar com o problema do excesso no uso destes produtos, que fazem tanto mal à saúde humana, à saúde animal e ao meio-ambiente, de um modo geral. No último dia 26 ocorreu a abertura oficial do projeto no município de Nova Ipixuna, com a entrega de uma cartilha explicativa. No dia 28, foi a vez do projeto ser apresentado no município de Bom Jesus do Tocantins.

Segundo a  promotora do Meio Ambiente de Marabá, Josélia Leontina Lopes, o projeto foi criado devido à necessidade de divulgação dos perigos relativos ao uso indiscriminado de agrotóxicos pelos produtores, bem como do desconhecimento dos resultados da manipulação de tais produtos, além do objetivo de valorizar cada vez mais o cultivo de orgânicos (produtos livres de agrotóxicos).

O desenvolvimento da iniciativa ocorre entre os meses de outubro deste ano a dezembro de 2019. O acompanhamento e avaliação das atividades do projeto serão feitos por meio de reuniões mensais no Ministério Público. Uma avaliação de meio termo das ações ocorrerá em julho de 2019, com a sugestão de averiguar, in loco, com os agricultores, os resultados e verificar o nível de aceitação. A avaliação final está prevista para janeiro de 2020, quando será feita uma análise da possibilidade de tornar o projeto uma atividade de duração continuada, caso os resultados sejam exitosos.

Dentre os objetivos do projeto está a capacitação de produtores no aprendizado de cultivo de produtos orgânicos, mostrando a valorização de tais produtos, que será feita em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), Serviço nacional de Aprendizagem Rural (Senar); a criação de uma cartilha regulamentar para que os agricultores possam seguir as orientações de especialistas das também instituições parceiras como a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri); Emater; a capacitação dos técnicos sobre o uso dos defensivos naturais e adubação verde; Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam); Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável de Marabá (CMDRS), Seagri e Embrapa.