Mesmo com baixa do preço do minério, Parauapebas e Canaã se mantêm no topo

Produção caiu em relação a meses anteriores, mas ficou estável no confronto com dados do ano passado, com queda mais acentuada na Terra Prometida. Hoje minério fechou em US$ 89

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As exportações de commodities das principais estrelas paraenses deram uma pisada no freio no mês de outubro, mas não conseguiram impedir que Parauapebas e Canaã dos Carajás se mantivessem no topo da economia nacional. A Capital do Minério exportou 942,29 milhões de dólares, posicionando-se em 3º lugar, e a Terra Prometida transacionou 705,57 milhões de dólares, na 4ª posição.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou os dados das exportações em nível municipal liberados nesta segunda (8) pelo Ministério da Economia. Os indicadores revelam leve crescimento (3,6%) das transações processadas a partir de Parauapebas em relação a 2020, mas denotam queda (-9,8%) em Canaã dos Carajás. No ano passado, em outubro, o primeiro exportou 909,49 milhões de dólares, enquanto o segundo reportou 774,66 milhões de dólares.

Os dois primeiros colocados nacionais em outubro foram Duque de Caxias (RJ), com 1,253 bilhão transacionados, e a cidade do Rio de Janeiro, com 1,375 bilhão. No Pará, além dos medalhões do minério de ferro, o município de Barcarena também deu contribuição expressiva na balança comercial, com exportações que totalizaram 174,23 milhões de dólares, ocupando a 22ª posição.

Por outro lado, Marabá saiu do grupo dos 30 maiores exportadores e praticamente sumiu do mapa e porque a mina de Salobo, instalada em seu território, teve de ser paralisada por 18 dias após incêndio que atingiu parcialmente uma correia transportadora. A mina de Salobo é a maior produtora de cobre do país e a produção só foi efetivamente retomada em 22 de outubro.

Minério de ferro

O desempenho tacanho de Parauapebas e Canaã dos Carajás em outubro, em relação a meses anteriores, pode ser explicado pela baixa na cotação do minério de ferro no exterior. O produto, cuja tonelada chegou a 233 dólares em maio, fechou nesta segunda em 89 dólares. Por ser a única commodity produzida e exportada de Parauapebas, o município sente de imediato os efeitos de uma queda na cotação. Canaã também sente, mas aquele município possui uma robusta produção de cobre supervalorizado lá fora.

O Blog do Zé Dudu calculou o volume acumulado de minério já produzido no Pará este ano, com base nos dados do Ministério da Economia, e constatou produção total de 82,49 milhões de toneladas em Parauapebas em dez meses e 60,57 milhões de toneladas em Canaã. O município de Curionópolis contribui com 2,44 milhões de toneladas.