Marabá: Expoama abre com público menor que o esperado

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Paulo Costa – de Marabá

O público não foi o esperado para a noite de abertura da 27ª Expoama (Exposição Agropecuária de Marabá), que acontece no Parque de Exposição de Marabá. Ontem, sábado, 6, menos de 15 mil pessoas estiveram no evento, que geralmente reúne 30 mil na primeira noite.

O show de abertura também não agradou a maioria do público. O cantor sertanejo Lucas Lucco, segundo Laysa Miranda, cantou poucas canções dele mesmo e acabou desagradando muitos fãs como ela, que acabaram indo embora para casa mais cedo. “Cobraram 40 reais pra gente assistir a um show de baixa qualidade. É uma pena, porque a Expoama já foi um ótimo evento, mas agora está saturado”, avaliou a jovem, que é servidora pública estadual.

Os estandes também não tinham o público de outras edições da Feira Agropecuária considerada uma das maiores do Norte. O número de expositores também não está sendo tão expressivo como em anos anteriores, assim como as fazendas que realizam os leilões. Tanto que o Grupo Revemar está tendo de realizar leilões em dois dias para não ficar descoberto.

Até mesmo o número de shows da Expoama este ano está sendo bem menor, com apenas três artistas nacionais. O próximo será na quinta-feira, dia 11, na abertura do Rodeio, com a dupla Zé Ricardo e Tiago; e no sábado (13), Paula Fernandes se apresenta para o público. O governador Simão Jatene, que estava sendo aguardado na abertura do evento, acabou não comparecendo, frustrando a diretoria do Prorural, que promove a feira agropecuária.

De acordo com James Sena Simpson, o Jimmy, diretor do Prorural, a Expoama, nesta edição, inicia um novo ciclo. “Faremos uma reformulação tanto no sindicato quanto na Expoama. Brevemente a barreira do Tocantins será extinta, o Pará passa a ser zona livre de aftosa e isso vai enriquecer muito as exposições aqui do sul e sudeste paraense, que estavam prejudicadas porque o gado do Nordeste não podia vir para cá. Agora já pode participar”, comemora Jimmy.

A pretensão do Prorural, em médio prazo, segundo ele, é transformar a Expoama num evento internacional. “No Brasil, hoje só existem três feiras internacionais. Outra feira que tem total condição de se tornar internacional seria a nossa, porque o estado do Pará é exportador de gado, carne, minério etc”, explica.

Menos atrações

Sobre a menor quantidade de shows, Jimmy esclarece que a direção do Prorural, por respeitar a condição financeira do povo de Marabá, resolveu optar pelas atrações contratadas. “Não adianta querermos trazer show todo dia porque as pessoas não dão conta de ir ao parque”, opina Jimmy, acrescentando que o objetivo é continuar com a tradição para a população carente poder participar da Expoama.

Em relação ao volume de negócios a serem fechados ao longo dos nove dias de Expoama, o Prorural estima que deverá ser na ordem de R$ 25 milhões, incluindo os negócios através de financiamentos em bancos. “Mas a feira é também uma vitrine de bons negócios para o futuro”, contemporiza.

Serão realizados oito leilões ao longo da 27ª Expoama, além de outros três ocorridos na véspera do evento.

9 comentários em “Marabá: Expoama abre com público menor que o esperado

  1. Sol Wohnrath - Pesq. e Desenv. - Doutora Sociologia e Antropologia Responder

    O Brasil é o celeiro do mundo; isso todos sabem, “espero”! E como tal; suas tradições de “exposições agropecuárias com shows” precisa ser preservado, e ter uma boa apresentação ao público que à espera anualmente; já que esse é somente “um dos vários estilos” de festas que há nesse nosso Brasil! A opção de ir ou não a um evento deste tipo, cabe a cada um decidir; como tbém cabe a cada um sua opinião. O que deixa-me surpresa e ver que um estado (Pará) tão rico; se transforma em um estado tão pobre inteligivelmente. O que me leva acreditar… Comentários infelizes que infelizmente não sabem e precisam saber que cultura e o conhecimento que cada um traz de suas vivencias únicas; portanto não menos merecedoras que qualquer vivencia! Pois todas tem seu valor! Falar do agronegócio sem fundamento nenhum, melhor calar-se, afinal você precisa dele p/suprir sua primeira necessidade humana; que é a fisiológica; Afinal o agronegócio está em cada “refeição” que fazemos. O Pará, como a maioria dos estados deste país precisa mais de investimentos e políticas públicas eficientes; e o mais urgente investimento e na educação pra que não fiquemos surpresos com o grau de ignorância das pessoas. Como pesquisadora, doutora em Sociologia e Antropologia e empresária no ramo do agronegócio; já conheci vários estados, mas olhei com atenção os estados no Norte e Nordeste; que são os mais precários desse Brasil em tudo; mas tem um grande potencial para subir de nível!!!!

  2. Jose Carlos almeida Responder

    O que vem do Agronegócio em termos de conhecimento intelectual fica “abaixo da linha de pobreza”. As moças, sempre muito lindas …mas as cabecinhas oquinhas! quando muito gostam de sertanojo universitário…mas que universitário!? esses e essas não passam em concurso nenhum…talvez no teste do pezinho!

  3. Jose Carlos almeida Responder

    Certo, se for feira do livro ou alguma outra manifestação intelectual,mas coisas ligadas ao agronegócio com certeza tem porcaria no meio, e plagiando o poeta Chico César:…”ODEIO RODEIO…”

  4. Cauan Pirí Responder

    O propósito de uma FEIRA é vender, fazer negócios, fechar parcerias,etc. Portanto não é objetivo fazer shows! O povo daqui não tem a cultura de visitação de feiras, pelo seu baixo nível cultural. Esses cantores de nertanojos é uma apelação, ou seja um ilusão para os expositores, quando se referem ao publico visitante. Observem que as grande feiras, não tem essas porcarias de showzinhos.

    • Ulisses Pompeu Responder

      Caro Cauan, as grandes feiras têm shows sim, cada vez mais caros. E outra, não existe comunidade com “baixo nível de cultura, como vc diz. O que há, são culturas diferentes. Talvez falte a você o conhecimento sobre diversidade cultural. Leia um pouquinho na internet sobre isso, talvez você mude seu conceito.

      • Cauan Pirí Responder

        Discordo caro Ulisses, EU visito feiras em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, entre outras capitais e até mesmo no exterior e nunca vi essa coisa de show!!! talvez o SEU conceito de feira a qual se refere é o da região, ou seja um punhado de povinho dentro de um curral o que vcs chamam de EXPOAMA, FAP é isso? Visite realmente uma feira e saberá discernir FEIRA E SHOWZINHO DE SERTANOJO.

    • Maurício Responder

      “baixo nível cultural” quem tem é quem faz um comentário preconceituoso e xenófobo como esse!

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