Mandante e executor do assassinato de Diego Kolling, e mais três pessoas presas serão transferidos nesta tarde para Belém

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

Após Investigação que durou 73 dias, a partir da execução do prefeito de Breu Branco, Diego Kolling, em 16 de maio passado, a Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (28) o pistoleiro que matou o gestor, Antônio Genival Lima Moura, o “Lelo do Batata”, 40 anos, cearense; o mandante do crime, Ricardo José Pessanha Lauria, o “Ricardo Chegado”, presidente do Partido Social Democrático (PSD) de Breu Branco; Marcos Paulo Pessanha Lauria, o Marquinhos, irmão de Ricardo e secretário de Agricultura da Prefeitura de Breu Branco; Jorge Damasceno; e uma quinta pessoa cuja identificação ainda não foi divulgada e que seria funcionário do escritório de Ricardo Pessanha Lauria.

“Ricardo Chegado” foi preso na fazenda de um amigo dele e, segundo a polícia, tinha uma relação com o autor do crime, que havia trabalhado para o acusado como tratorista.

Em coletiva na Regional de Polícia Civil da Região do Lago, em Tucuruí, para onde os presos foram removidos, o delegado-geral de Polícia Civil disse que os acusados “não têm para onde correr”, porque o trabalho de investigação foi “bastante técnico e criterioso” e afirmou que tem “certeza absoluta quanto ao mandante e ao executor”.

“Conseguimos prender o pistoleiro, com a arma do crime e a motocicleta. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, 10 de condução coercitiva e cinco de prisão”, detalhou e delegado, afirmando que tem 30 dias para concluir o processo, mas este está firmemente baseado em provas técnicas, periciais e testemunhais.

Os presos serão encaminhados, por volta das 15 horas, para Belém, em uma aeronave do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Graesp). Às 17 horas, na sede da Delegacia Geral, em Belém, está prevista uma coletiva de Imprensa, quando serão apresentados detalhes da operação deflagrada em Breu Branco.

Diego Kolling foi morto nas primeiras horas da manhã de 16 de maio passado, quando andava de bicicleta na companhia de amigos em um trecho da rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia do Pará.

As investigações apontam que Diego Kolling foi assassinado porque não concordou com a forma como “Ricardo Chegado” queria participar dos processos de licitação no município, ilegalmente, por caminhos escusos. Então, para abrir caminho na prefeitura, a fim de que as fraudes pudessem prosperar, a solução era tirar Kolling do caminho, o que foi feito com a encomenda da morte dele.

Desmentido
Diante de notícia espalhada nas redes sociais, de que Ricardo Chegado foi coordenador de campanha do deputado federal Éder Mauro Barra (PSD/PA) em 2014, a assessoria do parlamentar divulgou nota de esclarecimento negando relação com o acusado: “Não passa de mentira a notícia de que o acusado como mandante da morte do prefeito Diego Kolling, Ricardo Chegado, teria sido coordenador de campanha do deputado nas eleições de 2014”, diz o comunicado.

Em seguida, afirma que Éder Mauro “não chegou a fazer campanha em Breu Branco porque não tinha recursos para sequer chegar ao local, onde obteve pouco mais de 100 votos, inclusive tem a informação de que o acusado trabalhou para outro deputado federal. “Somente nas eleições de 2016, o deputado foi procurado pelo próprio Diego para apresentar Ricardo como presidente do PSD
de Breu Branco, o qual foi coordenador da campanha de Kolling que ganhou o pleito de 2016. Ele lamenta o ocorrido e enfatiza que continuará acompanhando as investigações”, finaliza.