IDEB: escola de Altamira tem a pior nota do Brasil

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O Pará tem a pior escola privada do Brasil, de acordo com o Exame Nacional do Ensino Médio. A informação foi divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O exame aponta que o Estado ocupa o primeiro lugar da lista de 20 piores escolas privadas, com uma média geral de 393,41, enquanto que a melhor escola privada, em São Paulo, registrou média geral de 749,7.A escola privada considerada como a pior do Brasil é a Escola Mirtes de Oliveira Santos, localizada no município de Altamira. Na área da educação pública, o exame aponta a Escola Estadual Ana Pontes Francez, em Tucuruí, entre as dez piores do país. A média atingida pela instituição, no exame, foi de 357,03.
Nenhuma escola estadual aparece na lista das 20 melhores escolas paraenses. Entre as 20 instituições com melhor desempenho no Pará, a escola privada Centro de Estudos John Knox lidera o ranking. O segundo lugar é ocupado pelo Instituto Federal de Educação CIE.
QUALIDADE
Mesmo com o resultado negativo em nível nacional, o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Pará, Ronald Andrade, afirma que a educação privada é de melhor qualidade. “Esta escola que ficou em primeiro lugar é uma que eu desconheço e que não é associada. O sindicato não tem nenhuma informação sobre ela”, diz Andrade. “Nós tivemos inclusive um crescimento positivo na pesquisa do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, completa, citando as escolas particulares paraenses como um todo.
O coordenador de ensino médio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Luiz Otávio Airosa, afirma que o Enem não é um ranking que mede o desempenho escolar, por não avaliar o desempenho da escola, mas do aluno. “É uma avaliação do estudante enquanto indivíduo, não como escola”.
De acordo com o coordenador, a escola pública não aparece entre as 20 melhores do Estado pela questão cultural. “Nas escolas privadas os estudantes são incentivados diariamente a prestar o exame para que possam ir para a faculdade, enquanto que na escola púbica esta situação não acontece”, disse. “O Enem passou a ter visibilidade por conta da mudança que possibilita o candidato a entrar na universidade, uma cultura que é muito martelada nas escolas privadas”, completou.
Airosa explica ainda que uma grande quantidade de estudantes se inscreve para fazer a prova, mas poucos chegam a fazer. No entanto, a média é calculada com base na quantidade de estudantes que prestam a prova.
O coordenador conta que a educação pública tem passado por avanços nos últimos anos e diz que a pesquisa do IDEB apontou um crescimento de 0,7%.
APOIO
Airosa pontua que a rede pública possui um projeto de apoio pedagógico ao estudante concluinte do ensino médio, para que ele possa ter um melhor desempenho na prova do Enem. “Nós começamos com o projeto no ano passado e este ano estamos nos preparando para abranger outros municípios, já que em 2009 o programa foi realizado apenas na região metropolitana de Belém”.
Ele conta que o projeto, chamado de Pró-Universitário, reúne os alunos para incentivar o estudo e analisar questões de prova. Deverá ser realizado a partir deste segundo semestre.

Fonte: Diário do Pará

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