Fotógrafos de Parauapebas avaliam regulamentação da profissão

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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal, aprovou a regulamentação da profissão de fotógrafo no último dia 26 de agosto. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 64/2014 define como aptos ao exercício profissional os diplomados em fotografia no ensino superior ou técnico.

A boa notícia foi comemorada pelos profissionais que atuam no ramo há algum tempo em Parauapebas, como é o caso dos fotógrafos Jhônatas de Souza Santos, Irisvelton Silva, Jordânia Moraes e Anderson Souza. Eles fazem parte de um total de quase 50 profissionais que exploram a atividade no município. Para eles, a regulamentação é um avanço, fortalece e valoriza o profissional, mas é preciso ter cuidado para que a profissão não seja explorada por qualquer pessoa. 

Fotógrafos

Associado à Confederação Nacional de Fotografia, Jhônatas conta que teve a ideia junto com o fotógrafo Anderson Souza de formalizar uma entidade, chamada Foto Clube, para congregar os profissionais daqui. “Eu comecei a estudar fotografia em 2008. Estou nesse ramo há cinco. Sou um fotógrafo dedicado e tenho como foco atender gestantes e fazer registros de casamentos”, destaca, completando que a fotografia é uma paixão.

Quem também se dedica na profissão é Irisvelton Silva que está na atividade há 12 anos. Com forte atuação em cobertura de eventos sociais e fotografia de estúdio, ele acredita que a regulamentação favorece para uma valorização dos profissionais. “Eu iniciei no ramo através de uma brincadeira que, mais tarde, tornou-se minha única fonte de renda. A fotografia tem grande importância pra mim, pois, além de fazer o que mais gosto, eu tiro o sustento da minha família”, conta. Irisvelton também trabalha como fotógrafo em órgão público municipal.

A fotografia documental também tem representante em Parauapebas. Anderson Souza é um deles. No mercado há cinco anos, ele acredita que a regulamentação representa reconhecimento da classe, mas isso não quer dizer que os resultados [desse reconhecimento] apareçam a curto prazo. “Não há um controle sobre a qualidade do serviço e, com isso, qualquer pessoa pode ser fotógrafo. Penso que os profissionais precisam ser fiscalizados e que sejam adotados critérios para a nossa atuação”, avalia.

E o mundo da fotografia também conta com o olhar feminino. A publicitária e fotógrafa Jordânia Moraes está no ramo há mais de cinco anos e gosta de praticar a fotografia publicitária. “Faço de tudo um pouco, mas tenho forte tendência para fazer fotos de eventos sociais diversos e também sensuais do público feminino”, declara, opinando que também se preocupa com o fato de algumas pessoas exercerem a profissão sem ter aptidão.

Segundo a regulamentação aprovada, os não diplomados também poderão exercer a profissão, desde que, na data de início de vigência da nova lei, tenham exercido a atividade por, no mínimo, dois anos. A comprovação desse tempo de serviço será feita por meio de declaração da respectiva entidade de classe, além de recibos de pagamentos de serviços prestados ou declaração da empresa empregadora, com firma reconhecida em cartório.

A proposta seguirá ainda para análise do Plenário.

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