O personal trainer Wellington Silva de Sousa foi apresentado na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil e Parauapebas, na manhã desta sexta-feira (20), ao delegado plantonista José Euclides Aquino da Silva. Ele é acusado de exercício ilegal da profissão de bacharel em Educação Física.
Sousa foi flagrado durante fiscalização do Cref18 (Conselho Regional de Educação Física da 18ª Região – Pará e Amapá), em uma academia da VS-10, pelos professores e fiscais Rubervan Faustino de Melo e Deivison Ribeiro.
Segundo Rubervan de Melo, o Cref18 vem realizando fiscalizações frequentes na região, sobretudo em Parauapebas, “onde há um índice muito grande de exercício ilegal da profissão de bacharel em Educação Física dentro das academias”.
Geralmente, nesses estabelecimentos, segundo ele, não há pessoas formadas com bacharelado em Educação Física. “São pessoas leigas atuando em enganando a sociedade. É importante procurar saber se o profissional tem a carteira do Cref”, alertou o fiscal, citando a Lei Federal 9696/98, que combate esse tipo de irregularidade.
Rubervan explica que há dois tipos de profissionais de Educação Física: o que se gradua em Licenciatura e vai ministrar aulas; e o que faz Bacharelado e pode trabalhar nas academias.
O fiscal, entretanto, afirma que Wellington Silva de Sousa não cometeu crime e sim contravenção prevista no artigo 47 do Código Penal Brasileiro. Portanto, ele não ficou preso, apenas assinou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e vai responder na Justiça, que vai decidir que tipo de punição aplicar. A Reportagem tentou ouvir Sousa, mas ele preferiu não se manifestar.
Os fiscais informaram que, nos últimos 15 dias, em fiscalização pela região, pelo mesmo motivo interditaram três academias em Marabá, duas em Eldorado do Carajás, uma em Curionópolis e, hoje, uma em Parauapebas. Os proprietários são passíveis de multa no valor de R$ 6 mil.
(Caetano Silva)