Estrada de Ferro Carajás está liberada

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A Vale informa que a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi desocupada por volta das 7h40 da manhã desta sexta-feira (7/8) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os manifestantes mantinham a ferrovia bloqueada desde a madrugada de quarta-feira (5/8) em trecho no município de Parauapebas ( PA), tendo ateado fogo em madeira sobre os trilhos e impedindo  o tráfego ferroviário.

Após a desocupação dos trilhos, a Vale iniciou o trabalho de reparos na linha férrea no trecho invadido para a retomada das operações. A interdição prejudicou  as atividades de transporte de passageiros ( que beneficia cerca de 1.300 usuários por dia nos estados do Pará e Maranhão),  de minérios, carga geral e de combustíveis para a região.

A Vale informa que adotará ações judiciais contra os líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e todos aqueles que invadiram a Estrada de Ferro Carajás, visando a responsabilização pelos crimes praticados, bem como para buscar a indenização pelos danos causados pelos invasores durante a obstrução da ferrovia.

O ato de impedir ou perturbar serviço da Estrada de Ferro Carajás, destruindo e danificando a linha férrea, colocando obstáculos na linha e praticando ato que possa resultar em desastre ferroviário, é crime previsto no Código Penal Brasileiro e afronta o Estado Democrático de Direito baseado no respeito as leis. Os  invasores incorreram, ainda, em crime de desobediência à ordem judicial concedida pela Justiça Estadual de Parauapebas, que havia  determinado a reintegração do trecho ferrovia  invadido, com imposição de multa diária de 50 mil reais para cada  invasor.

A Vale reforça que cumpre com todas as suas obrigações legais, ambientais, tributárias  e esclarece que todos os imóveis com reservas minerais, compensação ambiental ou para apoio à atividade de mineração não se prestam às atividades de agricultura e nem para fins de reforma agrária, inclusive por imposição de lei.

Sobre o Trem de Passageiros

O Trem de Passageiros voltará a  circular amanhã, sábado (8/8) partindo de São Luís (MA) com destino a Parauapebas (PA). A partir de segunda-feira (10/8), os  passageiros podem realizar remarcação ou solicitar reembolso de passagem de quinta e sexta ( 6 e 7/8), dias em que o trem de passageiros não circulou devido a interdição. Mais informações podem ser obtidas pelo Alô Ferrovias: 0800 285 7000.

Sobre a Vale

A Vale ressalta que as atividades realizadas ao longo de 30 anos no Pará contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Os municípios onde a empresa opera apresentam crescimento e se desenvolvem impulsionados pela mineração, atraindo novos empreendimentos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a balança mineral do Pará registou, em 2014, saldo de mais de US$ 9 bilhões. As exportações de bens minerais representaram 70,6% do total exportado pelo Estado, somente no ano passado.

O Pará contribui com cerca de 37% para o saldo Brasil do setor mineral e ocupa o 2º lugar em arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais). Além disso, os principais municípios onde a empresa está presente estão entre os três maiores arrecadadores da CFEM: Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), equivalente ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, revela que os municípios mineradores ocupam as dez primeiras colocações no Pará, comprovando a contribuição da atividade para o desenvolvimento socioeconômico local.