Em última parcela de royalties do ano, Parauapebas e Canaã passam de R$ 60 milhões

Ao todo, 53 prefeituras vão rachar R$ 157 milhões. Outros seis municípios também vão ficar milionários nos próximos dias: Marabá (R$ 14,532 milhões), Paragominas (R$ 3,942 milhões), Curionópolis (R$ 3,565 milhões), Itaituba (R$ 3,163 milhões), Juruti (R$ 2,102 milhões) e Terra Santa (R$ 1,598 milhão).

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O último “salário” da prefeitura de Parauapebas em 2024, em royalties de mineração, ainda não foi divulgado oficialmente pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mas o Blog do Zé Dudu se antecipou e calculou, nesta quarta-feira (4): R$ 63,649 milhões. Esse é o valor da cota deste mês referente à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) e que estará disponível para uso nos próximos dias.

Não é o maior valor do ano, mas também não é o pior. Parauapebas enfrentou momentos difíceis com recebimento de royalties nos meses de abril (R$ 55,873 milhões), maio (R$ 48,235 milhões), junho (R$ 41,473 milhões) e julho (R$ 44,138 milhões). A parcela mais pomposa de 2024 foi recebida em fevereiro, no valor de R$ 87,575 milhões.

O futuro dos royalties do município está cada vez mais incerto e duvidoso. Com a desaceleração, por parte da Vale, da atividade extrativa de minério de ferro na Serra Norte de Carajás nos últimos anos para priorizar a Serra Sul, situada dentro dos domínios do município vizinho de Canaã dos Carajás, a receita da Cfem – que chegou a ser de mais de R$ 100 milhões por mês num passado não muito distante – caiu. Soma-se a isso a instabilidade na cotação internacional da tonelada do minério, que está em 110 dólares, mas já teve dias melhores.

E o pior de tudo ainda está por vir: a exaustão cada vez mais próxima, rápida e real das atuais minas, abertas em Parauapebas desde os anos 80. Elas, e justamente elas, são as mais volumosas em termos de quantidade de minério economicamente viável para explorar. Nos próximos 20 anos, os atuais R$ 63 milhões de Cfem que a prefeitura de Parauapebas recebe hoje podem despencar a zero caso a atividade mineradora chegue ao fim.

Mesmo com novas minas no radar para serem abertas e exploradas, a multinacional Vale sabe que nenhuma delas possui tanto minério e tanta durabilidade quanto as jazidas atuais. No ritmo de produção do momento, em dez anos, no máximo, esgota-se tudo o que ainda resta de minério que não foi alcançado pelos maquinários da Vale até então.

Canaã ri às paredes

Em Canaã dos Carajás, qualquer centavo que reluz é ouro. Este mês, a prefeitura local vai embolsar R$ 62,658 milhões em Cfem – só R$ 1 milhão a menos que Parauapebas, ainda assim muito dinheiro para um município com porte populacional pequeno. O pico de arrecadação da Cfem em Canaã também foi em fevereiro, no valor de R$ 80,619 milhões, mas o “Natal encantado de dinheiro” da Terra Prometida nada deixa a desejar.

Outras prefeituras que também vão ficar milionárias são Marabá (R$ 14,532 milhões), Paragominas (R$ 3,942 milhões), Curionópolis (R$ 3,565 milhões), Itaituba (R$ 3,163 milhões), Juruti (R$ 2,102 milhões) e Terra Santa (R$ 1,598 milhão). Ao todo, 53 prefeituras de municípios mineradores no Pará vão rachar R$ 157,301 milhões em royalties – desde muitos milhões, como Parauapebas e Canaã dos Carajás, até poucas centenas de reais, como Tucuruí (cerca de R$ 125) e Santa Maria do Pará (aproximadamente R$ 160).

4 comentários em “Em última parcela de royalties do ano, Parauapebas e Canaã passam de R$ 60 milhões

  1. Joel Responder

    Cadê esse dinheiro nas escolas e hospitais e saneamento e estradas e educação e cadê cadê cadê

    • Maria Raimunda Responder

      calma q vai apareçer ja ja , pelo menos na educação q o vereador Anderson Moratoria ta mandando por baixo dos pano e colocou uma turma de velhas gagas utrapassadas ( francineide voada , delma surtada e margarida pirada ) pra resolver todos os problemas da rede … essas senhoras q vao organizar o transporte e a merenda dos alunos … piedade !

      • Antonio Alves Silva Responder

        Ué mas comenta-se nos bastidores que a secretaria foi dividida em dois pedaços e a tal secretaria é figura decorativa, que vai ficar seis meses ou menos. Depois o prefeito vai indicar outro nome pra acabar com a graça do Casca de Bala. Ou seja ninguém está interessado na educação, só na Secretaria de Educação. E a sociedade é que paga o pato!!!!!!!!

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