Câmara vota “Plano Mansueto” sob pressão de estados e municípios
Substitutivo aprovado pelo Senado Federal na noite do sábado (2), foi criticado por governadores e prefeitos
Substitutivo aprovado pelo Senado Federal na noite do sábado (2), foi criticado por governadores e prefeitos
Receita das prefeituras que estão em dia totaliza R$ 1,5 bilhão nos primeiros dois meses do ano. Por outro lado, entre as que “se fazem de doidas”, estão Belém e Canaã dos Carajás.
Meta é adquirir mais de 1.000.000 de pães, de vários tipos, para tender as necessidades das secretarias que compõem a prefeitura, num município onde 22.600 dependem de bolsa família.
Zenaldo Coutinho, de Belém, ainda não encaminhou dados contábeis à STN. Jeová Andrade, de Canaã dos Carajás, só o fez ontem, já fora do prazo. As consequências podem ser graves.
Cada belenense desembolsou 12 ou 13 centavos por dia para sustentar o funcionalismo do parlamento. Dinheiro seria suficiente para comprar 180 pães franceses para cada um dos 1,5 milhão de habitantes da capital. Despesa com pessoal literalmente tira pão da boca do pobre.
Folha de pagamento de quase R$ 350 milhões é desafiadora e se aproxima da “linha de tiro” da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda assim, governo celebra superávit de R$ 33 milhões.
Decisão foi unânime, com ausência dos deputados do DEM. Relatório será agora votado pelo plenário.
Faltando pouco mais de 72 horas para encerramento do prazo de entrega de balanço do 5º bimestre ao Tesouro Nacional, Blog apurou que apenas quatro prefeituras já agilizaram dados.
Cargos de diretor de contabilidade e diretor financeiro, inéditos e exclusivos da Sefaz, vão pagar R$ 12,8 mil; salários de coordenadores de licitação e de arrecadação será de secretário.
Conforme o que preceitua o parágrafo 4º ao artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal, o secretário municipal de Planejamento e Gestão detalhou em audiência pública as finanças municipais
Prestadores de serviço foram ao delírio. Teve quem acampasse às 6 com nota de empenho na mão para “receber primeiro”, eufórico como em birra de criança. Outro, que descia saltitante escadas de prefeitura, tomou queda e gritou feliz: “Do chão não passa! Quem caiu foi a Cfem! Eba!”
Das 15 prefeituras que entregaram balanço de gestão fiscal, nove comprometeram mais que o teto definido em lei com pessoal. Situação é ainda mais crítica em municípios paupérrimos.
Administração de Paulinho Barros poderia gastar, no máximo, R$ 26,68 milhões, mas foi além e comprometeu R$ 28,98 milhões, equivalente a 60,94% da receita arrecadada pelo município.
Em licitação cheia de trapalhadas e “marmota” na internet, governo se equivocou com valor real, que é de R$ 15 mil e pouco. Com o “milhãozão”, Rondon compraria parte do Polo Norte.