Correios aumenta tabela de serviços em 5,49% e telegrama vai a R$ 14,90

Carta nacional de até 20g passa a custar R$ 2,45
Agência dos Correios (Foto: Divulgação)

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Brasília – Em contínuo processo de obsolescência de seus serviços, e utilizado por parcela cada vez menor da população, os Correios publicou nesta segunda-feira (3), através de Portaria do Ministério da Comunicações no Diário Oficial da União, aumento da tabela de seus serviços em 5,49%.

Os reajustes de preços aplicados para os serviços postais já estão isentos do imposto líquido e contribuições sociais, conforme a categoria do serviço. Segundo a portaria, a elevação corresponde à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao ano de 2022, descontado o Fator de Produtividade. Os novos preços valem a partir da data de publicação. 

Com isso, o valor de postagem para uma carta nacional de até 20 gramas, por exemplo, passará de R$ 2,35 para R$ 2,45. Já no caso do aerograma, o preço pode chegar a R$ 13,45, a depender do peso, que pode ir a até 500 gramas. No caso dos telegramas nacionais, os preços variam de R$ 10,29 a R$ 14,90, dependendo do meio utilizado – internet, telefone ou agência.

A portaria também publicou um novo agrupamento de países para a precificação do envio de correspondências internacionais.

O último reajuste dos Correios foi em maio de 2022.

Erro

A Reportagem tentou simular o preço do envio de um Sedex em embalagem vendida pelos Correios de encomenda pesando 200 gramas, remetente de Brasília e destinatário no Centro de Marabá. As diversas tentativas foram infrutíferas até o término da matéria, o site da empresa está bugado (veja a mensagem abaixo) e o departamento que cuida do problema não retorna os apelos de explicações.

É comum o usuário que recorre ao site dos Correios se deparar com a mensagem de erro por falha do sistema tecnológico da empresa estatal

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou, mesmo após protestos dos servidores, o processo de privatização dos Correios justamente por razões como a apresentada – ineficiência tecnológica na prestação do serviço –, mas o processo não chegou a avançar e deve ser arquivado no governo Lula (PT), cujo viés ideológico é estatizante.

Por Val-André Mutran – de Brasília