Cooperativa do polo moveleiro de Parauapebas poderá ser beneficiada com a doação de madeira legal extraída da Floresta Nacional de Carajás

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Na sessão da Câmara de Vereadores de Parauapebas de terça-feira (2) a doação de madeira legal da Vale para os empreendedores do polo moveleiro de Parauapebas foi cobrada pelo vereador Pavão e endossada por outros parlamentares. “Em Carajás, a madeira extraída da nossa floresta está virando sucata, enquanto isso, falta matéria-prima para os moveleiros. Precisamos fazer uma comissão e ir junto à Vale para conseguir essa madeira para doação. Assim, teremos pelo menos 180 moveleiros trabalhando com madeira legal e gerando emprego e renda na cidade”, frisou o vereador.

A questão é que o processo para realizar a doação dessa madeira em estoque da Vale já está em andamento, de acordo com uma nota enviada pela empresa: “A Vale informa que já vem mantendo diálogo com o município, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, e com o polo moveleiro, a fim de estreitar parceria, no sentido de apoiar o crescimento do setor e desta forma, favorecer a diversificação econômica e geração de trabalho e renda na região. As discussões seguem ainda iniciais para o devido cumprimento das exigências da legislação e anuência dos órgãos ambientais envolvidos”.

Em conversa com o secretário municipal de desenvolvimento, Isaías Queiroz de França, a informação passada pela empresa foi confirmada. “Já tivemos duas reuniões com a Vale e a Prefeitura será responsável por trazer essa madeira, de lá de Carajás, até o polo moveleiro. Estamos com a documentação da Prefeitura e da cooperativa do polo moveleiro toda legalizada e dependendo agora só de um acordo na parte de cima da Vale”, informou o secretário.

A expectativa da gestão municipal é que todo o processo para a doação da madeira seja concluído até agosto, disse o secretário, acrescentando que o objetivo de fechar a parceria é fomentar a economia local a partir da movimentação do polo moveleiro, que será impulsionado com essas doações de matéria-prima para confecção de produtos, que terão madeira legalizada e poderão ser produzidos por um custo menor e automaticamente comercializados por um preço mais atraente.

“São em torno de 180 mil metros cúbicos de madeira. A nossa proposta é que essa madeira comece a descer aos poucos, de dois em dois mil metros. Aí, a cooperativa vai produzindo e de acordo com a produção a gente desce mais madeira”, explicou Isaías Queiroz.