Comissão do Plano de Mobilidade Urbana de Marabá ouve opiniões e sugestões da sociedade

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

A elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana encerra nos próximos dias uma de suas etapas mais importantes: as reuniões com os vários segmentos da comunidade, chamadas de “Diálogos de Mobilidade”. Na noite de ontem (25), o secretário municipal de Planejamento, Karam El Hajjar, e a engenheira civil Mayanne Micaelli dos Santos se reuniram, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Marabá, com comerciantes, hoteleiros e donos de restaurantes, para ouvir deles opiniões e sugestões. “Hoje nós estamos aqui para ouvir deles, qual a interferência do comércio na mobilidade e qual a interferência da mobilidade no negócio deles”, explicou Hajjar ao Blog.

Ele contou que, quando o processo iniciou foi dividido em cinco fases. A primeira foi de planejamento, depois veio a reunião com os secretários municipais para definir a comissão que estaria envolvida nesse processo e, agora, acontecem a segunda e terceira fases, que são de prognósticos.

“Nos próximos dias nos reuniremos com ciclistas, Ordem dos Advogados do Brasil e órgãos de Segurança Pública, temos até o dia 31 para reuniões com esses segmentos”, detalhou Karam, acrescentando que, depois disso, haverá uma reunião para tratar exclusivamente do transporte coletivo, que é fundamental e é um gargalo dentro do município.

“Fechando isso, nós vamos consolidar todas as informações, fazer a análise técnica e preparar a minuta do Projeto de Lei, que deve ser encaminhada, dentro do nosso planejamento, até o dia 28 de fevereiro para a Câmara Municipal”, antecipou ele.

É essa lei que vai dar todas as diretrizes para a Mobilidade Urbana. Depois, o município, por meio de ações, vai ter de começar a implementar o plano em cada setor. Tratar das calçadas, acessibilidade, estacionamento, transporte coletivo, paradas de ônibus, ir e vir das pessoas, passarelas, faixas de pedestres, entre outros itens. Tudo para que pedestres e veículos tenham condições de deslocamento no espaço geográfico da cidade e para que, futuramente, o trânsito não sofre seguidos colapsos, como já acontece hoje em muitas cidades do País, sobretudo nas capitais.

É difícil dizer, entretanto, quanto tempo levará para que um plano como esse seja colocado 100% em prática nem quantos governos consumirá. “Isso não depende somente do governo, depende muito da população. Vamos falar, por exemplo da acessibilidade. Todos sabem que as calçadas são um problemão em Marabá. Cada um faz do seu jeito, é uma questão cultural. Então, se não houver o apoio da população de, na hora em que for fazer sua calçada, seguir o que está no planejamento, com os padrões que estão definidos, o plano não avança. A população é importante nesse processo”, enfatiza o secretário de Planejamento de Marabá.

Já o Poder Público além de depender da boa vontade e da compreensão da população, depende muito do recurso que estiver disponível para implementar o plano. “É de médio prazo para frente”, estima Karam.

Nas reuniões, afirma ele o problema mais citado é o transporte público: poucos veículos, poucas rotas, horários irregulares.  “Há necessidade primordial de se ter um terminal integrado, para começar a tentar resolver, é importante que tenha esse equipamento”, afirma o secretário de Planejamento.

Para ele, é primordial também tratar da questão da malha viária da cidade. Karam argumenta que, em 2005, Marabá tinha 23.401 veículos em circulação e hoje tem 108.600 mil, mas a malha é a mesma, à exceção da duplicação do perímetro urbano da Rodovia Transamazônica.

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