Com gol de Muriqui, Remo vence o Paysandu pelo jogo de ida das semifinais da Copa Verde

No retorno do Mangueirão, o clássico teve cinco expulsões, lei do ex e árbitro de Copa do Mundo
Muriqui comemora o gol único que deu a vitória ao Leão contra o rival (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

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Um clássico para entrar na história do futebol. Podemos definir assim o Re-Pa de número 767, realizado na tarde deste domingo (26), no Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém, pelo jogo de ida das semifinais da Copa Verde. Foi o evento teste do maior palco do futebol paraense.

Os rivais fizeram um clássico acirrado. Melhor para o Leão Azul, que derrotou o adversário por 1 a 0 e largou na frente por uma vaga na grande decisão da competição nacional. O único gol da partida foi marcado pelo atacante Muriqui, aos 26 minutos do primeiro tempo, imperando a chamada lei do ex no Mangueirão, já que o jogador teve passagem pelo time bicolor em 2006. O clássico ainda teve cinco jogadores expulsos pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, brasileiro que esteve na última Copa do Mundo no Catar. 

As duas equipes voltam a campo nesta quarta-feira (29), às 20h, no Estádio Mangueirão. O Remo joga por um simples empate, enquanto que o Paysandu terá que vencer por dois gols de diferença para avançar, ou por um gol para levar a decisão da vaga para os pênaltis. Quem se classificar vai encarar  Goiás (GO) ou Cuiabá (MT) na final da Copa Verde. 

O jogo: Leão sai na frente!

O Paysandu chegou primeiro. Ricardinho cobrou falta de longe, o goleiro Vinícius espalmou para frente, mas ninguém do time bicolor conseguiu pegar a sobra. Em um contra-ataque fulminante do Remo, Pablo Roberto carregou bem pelo meio e tocou para Muriqui, que chutou com categoria na saída do goleiro Thiago Coelho, aos 26 minutos, 1 a 0 Leão. A lei do ex surgindo pelo Mangueirão. 

O Papão quase chegou ao empate no chute de Bruno Alves, com uma bola que passou assustando contra a meta azulina. Já no segundo tempo, Samuel Santos escapou pela direita e chutou cruzado, o goleiro Vinícius salvou o Leão. O Remo respondeu rapidamente, depois que Diego Tavares cruzou da direita e Anderson Uchôa cabeceou perto da meta bicolor. O time azulino chegou mais uma vez com Pablo Roberto, que deu passe para Diego Tavares, mas o meia chutou para fora.

O clássico pegou fogo quando Denílson deu carrinho em Muriqui e recebeu cartão vermelho, aos 23 minutos. Só que no lance seguinte, aos 25, Diego Tavares, do Remo, meteu a mão no rosto de Alex Matos, e também recebeu cartão vermelho. O clima ficou tenso quando os jogadores se desentenderam e a confusão foi generalizada, sobrando mais dois cartões vermelhos, um para João Vieira, do Papão, e outro para Richard Franco, do Leão, aos 29 minutos.

Após a confusão, o jogo seguiu com os dois times com nove atletas em campo. Ronald arrancou com a bola dominada e foi derrubado por Gabriel Davis. Como era o último homem, o árbitro Wilton Pereira Sampaio, brasileiro que apitou jogos da Copa do Mundo do Catar, não titubeou e mostrou mais um cartão vermelho para o time do Paysandu, aos 38 minutos. Foi a quinta expulsão no clássico. 

No último lance, Jean Silva rolou dentro da área para Ronald, que, de frente para o gol, conseguiu isolar, perdendo a chance do segundo gol remista. Placar final: Paysandu 0 x 1 Remo. 

Por Fábio Relvas