Coluna do Zé Dudu no jornal Correio do Tocantins de 08/03/2014

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Mulher
Neste dia 8 de março a coluna dá os parabéns a todas as mulheres que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade.

Trabalho
As mulheres constituem 44% da força de trabalho brasileira. Pesquisas afirmam que é preciso investir na educação pré-escolar para que mais mulheres tenham possibilidade de trabalhar, e alertam para o fato de que ganham menos que os homens, independente dos anos de estudos cursados e horas de trabalho.

Saúde
A saúde sexual e reprodutiva é um dos campos de maior tensão no que se refere aos direitos das mulheres, ainda que melhorias tenham se dado na consolidação dos avanços legislativos ocorridos no período anterior (1992-2002) e de alguns programas terem sido reforçados, como os de assistência pré-natal, aborto permitido por lei e DST/Aids. No entanto, o Estado precisaria dar mais atenção às mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais. No Brasil ainda há um lento declínio das taxas de morte materna no Brasil.

Violência
Nos últimos 40 anos, o padrão de violência contra as mulheres persiste. É o que afirma a pesquisadora Leila Barsted, ao explicar que, nos diferentes contextos em que a violência ocorre, as mulheres a sofrem por serem mulheres e por pertencerem a grupos de mulheres negras, lésbicas, esposas, crianças, trabalhadoras, indígenas, sexualmente exploradas, etc.

Violência II
Em relação à violência doméstica, ainda muito tolerada pelo Estado e pela sociedade, o grande avanço foi a consolidação da Lei Maria da Penha e algumas alterações no Código Penal, apesar do enfrentamento à violência esbarrar no acesso das mulheres à justiça e na dificuldade de se incorporar os direitos humanos na cultura jurídica. Segundo o Mapa da Violência no Brasil 2011, cerca de 40% dos homicídios contra mulheres ocorrem em sua própria residência, enquanto para homens esse percentual é de 17%.

Espaços de poder
No Brasil ainda há muita dificuldade para que a mulher ocupe cargos de alto escalão, inclusive na política, onde as secretarias municipais e estaduais de políticas para a mulher ainda têm pouco espaço de atuação. Parece que foi criando o mito de que, por termos uma mulher ocupando o  cardo de presidente, não existe mais desigualdade de gênero nesse campo.

Espaços de poder II
Dados da Secretaria de políticas para a Mulher demonstram que entre 2006 e 2009 a presença feminina mais que duplicou no topo das carreiras e, em 2009, as mulheres já respondiam por mais de 50% das chefias nos níveis de encarregado e de coordenação. Ainda assim, só 20% conseguiu ingressar em cargos como a presidência das organizações.

Política
Na política, ainda existe uma grande discrepância entre homens e mulheres no legislativo. Por exemplo, em 2010, 85,19% dos eleitos para o senado e 91,23% dos eleitos na câmara federal eram homens. De acordo com levantamento divulgado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), o número de prefeitas só aumentou nos 12 últimos anos 70,1%. Em 2002, havia no Brasil 328 mulheres à frente de municípios. Em 2012, esse número chegou a 560. Segundo o levantamento, a média nacional subiu de 5,9% para 10,1% nesse período.

Feliz Dia Internacional da Mulher!

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