Coluna do Frede Silveira: ALPA – O Povo unido vence

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Frede Silveira Após nosso último artigo sobre o assunto fui informado por um razoável número de pessoas formadoras de opinião que administram Grupos no site do Facebook favoráveis a criação do Carajás e Tapajós de que está sendo elaborado um Abaixo Assinado com certa urgência para pressionar a Vale ao diálogo com a comunidade para esclarecer o real andamento do ainda projeto ALPA.

Segundo os líderes das redes sociais e midiáticas esse será o início de uma série de reivindicações a serem feitas através de b  grupos genuinamente comunitários que irão solicitar formalmente a diretoria da Vale e da ALPA uma audiência pública em local a ser definido em conjunto, numa clara demonstração de proposição de parceria com o Grupo Vale com evidentes vantagens recíprocas.

Se tal encontro realmente acontecer será a primeira vez que a Vale e a ALPA participarão de uma audiência verdadeiramente pública, posto que de outras vezes embora tenha sido usado o termo público para algumas reuniões já ocorridas o distinto público só soube de algumas poucas informações através da mídia da região, pois os veículos de informação da capital paraense quase nada publicam sobre esse e outros assuntos que dizem respeito ao sul e sudeste paraense. A não ser, claro, as tristes notícias de mortes violentas por culpa exclusiva da total ausência de políticas públicas voltadas para nossa sofrida região.

E aqui aproveito para sugerir aos líderes que convidem para esse mesmo conclave público as autoridades envolvidas neste contexto, tais como o Senhor Governador do Estado, Prefeitos dos municípios que serão beneficiados pela implantação do mega projeto e, se possível, alguma autoridade federal para justificar o porquê da retirada da verba destinada à hidrovia Araguaia-Tocantins do Programa de Aceleração do Crescimento.

O presidente da ALPA José Carlos Soares, em reunião ocorrida em 02/12/2009 no auditório da Escola Judith Gomes Leitão, em Marabá foi enfático ao afirma que os motivos que levaram a mineradora a decidir pela implantação da siderúrgica no município de Marabá eram principalmente a proximidade com a Província Mineral de Carajás, o sistema logístico rodoviário, ferroviário e fluvial em plenas condições de receber matéria-prima e escoar a produção e a vocação existente para a atividade de siderurgia.

Disse ainda aquele executivo que para a implantação da siderúrgica se tornar realidade, foram necessárias ações conjuntas entre Governo Federal, Governo Estadual e Vale. Na esfera Federal destacou-se a conclusão das eclusas de Tucuruí, a transformação da hidrovia do Araguaia-Tocantins em alternativa logística confiável e competitiva, a realocação da rodovia BR-230 e a expansão do Terminal Portuário de Vila do Conde. Tudo isso, ao que parece, não passou de um sonho de verão. Ou melhor: de UM SONHO DE ELEIÇÃO.

Indaga-se o que o Governo Estadual fez até agora? Se fez, a grande oportunidade de demonstrar o que foi feito será o comparecimento a audiência pública a ser realizada. A rigor, pessoalmente não creio que a diretoria da ALPA vá se negar de estar presente, pois é a mais interessada nesta altura dos acontecimentos onde toda a culpa pelo atraso e até pela não execução do projeto estão lhe caindo às largas costas.

Notícias da época da aludida reunião dão conta de que a mesma foi aberta ao “público em geral”, tendo dentre os presentes o atual prefeito (não se sabe o que disse ou prometeu fazer), secretários municipais, vereadores, sindicalistas e diversas outras lideranças políticas e comunitárias. Diversas lideranças políticas e comunitárias? Políticas, até que sim. Agora, comunitárias? Onde?

Pois são exatamente estas lideranças comunitárias que, ao que parece e é de se crer, irão reescrever a nova história do sul e sudeste paraense usando de todos os meios civilizados, ordeiros e pacíficos nos limites de seu sofrimento. E temos certeza que quando o povo se une de verdade em turno de objetivos justos e direitos inalienáveis as coisas acontecem. É o que se espera.

 

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