O Ministério da Educação (MEC) está acelerando para valer a abertura de novas faculdades pelo país. Ontem, quinta-feira (10), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) um parecer (veja aqui) do Conselho Nacional de Educação (CNE), que garante novidade para o município de Parauapebas: vai ganhar cursos de Nutrição e Psicologia por meio de uma instituição privada.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que esmiuçou a edição do DOU atrás de boas-novas para a capital do minério. O MEC autorizou a Faculdade Vale dos Carajás (FVC), mantida pelo Centro de Ensino Superior Vale dos Carajás, a se instalar na Rua Olga Prestes, no Bairro da Paz. O parecer de credenciamento é válido por três anos.
A FVC poderá, neste primeiro momento, ofertar cursos de graduação em Nutrição e Psicologia, com número de vagas anuais a ser fixado pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). O Blog do Zé Dudu visitou o site da instituição, disponível no endereço <https://fvcedu.com.br/a-fvc/>, e constatou que o portfólio de cursos conta ainda com Fisioterapia e Estética. No entanto, o Blog não encontrou o parecer de credenciamento no DOU nem no portal de processos do MEC para eles.
Vale lembrar que, desde janeiro, o MEC tem acelerado a abertura de novas universidades particulares no país. Pedidos de credenciamento que estavam parados havia anos na pasta foram liberados para análise do CNE. Ao todo, o MEC despachou 120 processos de credenciamento, quase o dobro de anos anteriores. A maior parte dos procedimentos recebe parecer favorável no CNE e, pouco depois, é homologada pelo ministério. Esse é o primeiro passo para que uma nova universidade ofereça cursos. Dos 120 processos encaminhados neste ano, apenas dez tiveram avaliações desfavoráveis no conselho.
A medida publicada ontem abre caminho para que Parauapebas amplie seu capital de ensino superior. Atualmente, entre os municípios brasileiros com mais de 150 mil habitantes, Parauapebas tem a pior situação na relação entre o total de universitários (5.700) e o tamanho populacional (208 mil moradores). Hoje, a capital do minério movimenta míseros R$ 2,7 milhões com seus cursos de graduação, a esmagadora maioria em faculdades privadas e na modalidade a distância. Marabá, a 170 quilômetros, movimenta a impressionante fortuna de R$ 130 milhões apenas com salários de pessoal envolvido diretamente no ensino superior.