Chuvas trazem o mosquito da dengue de volta a Marabá

Equipe com 40 agentes se divide pelos bairros, coletando larvas do mosquito nas residências para frear o avanço do Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika vírus e Chikungunya
Agente comunitário de saúde percorre as residências de bairros periféricos de Marabá para frear o avanço do Aedes aegypti

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O mês de janeiro mostrou o prenúncio do período de chuvas de 2024, que começa com um volume bastante representativo. Com isso, o alerta para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, se torna ainda maior em Marabá, sudeste do Pará.

A fêmea do inseto deposita seus ovos nas bordas dos recipientes com água parada. Após o contato com o líquido e a combinação com altas temperaturas, ocorre a eclosão dos ovos. O ciclo de reprodução perdura uma semana, e para interromper esse processo é necessário que toda a população esteja empenhada e atenta aos possíveis criadouros.

A Coordenação de Controle de Endemias e Vigilância Ambiental de Marabá reforça as ações preventivas e de combate ao Aedes aegypti. Na última semana foi realizado o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti de 2024 (LIRAa), mapeando os criadouros de mosquitos nos diversos bairros de Marabá. O LIRAa é realizado a cada dois meses por uma equipe de 40 agentes, divididos pelos bairros, onde coletam larvas nas residências. O material é então encaminhado ao laboratório de entomologia da Vigilância Ambiental, no Centro de Controle de Zoonoses, para contagem e análise.

Amadeu Moreira, coordenador de Endemias e Vigilância em Saúde Ambiental, destaca que, com base nessas análises, as equipes iniciarão o combate às larvas. “O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti confirmou a presença do mosquito em Marabá. Precisamos agora atualizar os bairros com níveis mais elevados desses criadouros,” explica. “A partir da próxima semana, iniciaremos o controle e eliminação de larvas com larvicidas, mediante visitas de rotina e orientações, devido à chegada do período chuvoso”.

Para Netinha Rocha, moradora do Bairro Amapá, o trabalho dos agentes de endemia é imprescindível. “Eu faço minha parte e evito água parada nas vasilhas. Quando os agentes chegam, atendo bem, pois acho esse trabalho essencial. Precisamos estar atentos,” pontua.

Também morador do bairro, o eletricista Ronis Rodrigues, de 38 anos, conta que o cuidado é diário em todos as épocas. “Não apenas no período chuvoso, mas aqui sempre cuidamos para manter a caixa d’água tampada e os recipientes virados para baixo, evitando acúmulo de água,” conclui.

Prevenção

Além das ações coordenadas pela Vigilância Ambiental, é fundamental que a população esteja engajada no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Pequenos gestos no dia a dia fazem a diferença. Certifique-se de manter caixas d’água sempre tampadas, elimine recipientes que possam acumular água, como pneus velhos e garrafas, e mantenha os quintais limpos, evitando o acúmulo de entulhos. Não se esqueça de verificar ralos e calhas, locais propícios para a reprodução do mosquito.