Um levantamento inédito realizado pelo Blog do Zé Dudu, a partir de dados da Serasa, revela que desta sexta-feira (25) até sexta da semana que vem, dia 2 de dezembro, a população de Parauapebas deve movimentar R$ 200,2 milhões em promoções da tradicional Black Friday, um volume recorde no interior do estado. A gastança será liderada pelos servidores da Prefeitura de Parauapebas e por empregados da mineradora multinacional Vale.
Ao todo, Parauapebas tem 166,8 mil consumidores jovens e adultos ativos em potencial, os quais devem desembolsar em média R$ 1.200 nesta edição da Black Friday. Mas não espere vê-los todos andando por aí, desesperados à procura de promoções em loja. A maior parte dos consumidores vai às compras de casa mesmo, acessando internet pelo computador ou celular, de olho em vitrines virtuais que oferecem um universo de variedades a um clique de distância.
Parauapebas vai movimentar mais dinheiro nesta Black Friday que a vizinha Marabá, onde o faturamento estimado é de R$ 190,89 milhões. Os produtos mais cobiçados são, de longe, celulares, móveis e eletrodomésticos. Também haverá condições especiais para consumidores inadimplentes quitarem dívidas e voltarem a consumir e fazer novos compromissos financeiros.
Inadimplência galopante
Muito embora Parauapebas seja um dos municípios onde a renda é considerada alta, devido a uma massa pujante de trabalhadores formais com rendimento acima de R$ 5 mil, puxando para cima a média até mesmo dos trabalhadores com renda mensal mais baixa, a Capital do Minério também sofre de um mal comum nos quatro cantos do Brasil: a inadimplência.
Atualmente, 64,8 mil parauapebenses têm alguma dívida em atraso e o nome sujo na Serasa e em outros cadastros administrativos de crédito. É como se dentro de Parauapebas existisse uma cidade inteira quase do tamanho de Redenção só de consumidores que devem, não negam, mas pagam quando puderem.
Pelos dados da Serasa, os cidadãos de Parauapebas com nome sujo devem, hoje, um total de R$ 280,29 milhões. Cada endividado no maior produtor de minério de ferro do mundo tem débito no valor médio de R$ 4.324. O parauapebenses deem mais até que os endividados de Marabá, cujo débito total de calote na praça chega a R$ 267,25 milhões.
