Arte em Cores: Projeto dá visibilidade aos artistas regionais

A iniciativa possibilita ainda a criação de redes de contatos entre profissionais
Painel criado por Carlinhos Pintor, em Tucumã

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“Oportunidade de conhecer grandes artistas e ter a minha arte exposta para pessoas no país inteiro”. É assim que Eva Wendy sintetiza a importância de ter participado de todas as edições do projeto Arte em Cores, iniciativa que conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.

A artista de 24 anos começou a se dedicar à atividade aos 13 anos e pôde experimentar várias vertentes da pintura, como desenho com grafite, arte digital, aquarela, grafitti, muralismo, tatuagem, entre outras. Atualmente, vive do talento da pintura corporal e da tatuagem como profissão.

Além de ser uma vitrine para os artistas visuais residentes em cidades do interior do Pará e Maranhão, o Arte em Cores promove o networking entre realizadores locais e profissionais de destaque na cena da arte urbana brasileira e internacional. “O projeto também proporciona a todos os artistas uma oportunidade de mostrar o seu trabalho, e de aprender ainda mais com as aulas de artistas renomados nacionais,” conclui Eva, que é natural de Parauapebas, no Pará.

Carlinhos Pintor é do Maranhão, mas escolheu morar em Tucumã, no sul do Pará, vivendo da arte há quase 30 anos. Para ele, participar do projeto fez toda a diferença para seu reconhecimento profissional. 

“A partir do Arte em Cores tudo mudou. Mais trabalhos apareceram, as conquistas e as realizações de sonhos pessoais e profissionais foram acontecendo, assim como as orientações e interação com outros artistas do projeto,” explicou o artista multifacetado.

Carlinhos também reforça que, mesmo com os avanços tecnológicos e digitais, o traço do artista sempre terá seu lugar cativo no universo criativo. “Mesmo com essa era digital, nada digital ou virtual vai ter mais valor no futuro do que um traço, um gesto e o olhar único de cada artista, que cria e imortaliza a sua própria arte,” finaliza.

Em 2024, o Arte em Cores está em sua quarta edição e já selecionou 50 artistas visuais, sendo 25 do Pará e 25 do Maranhão. Eva Wendy e Carlinhos Pintor, mais uma vez, estão entre os selecionados do Pará. Todos os participantes fazem a retirada dos materiais nas lojas credenciadas, têm acesso a um conjunto de videoaulas sobre técnicas, suportes e linguagens artísticas, recebem monitoria remota e, a partir daí, iniciam a realização das obras individuais.

Além de valorizar o talento de cada artista, o projeto também incentiva a criação em equipe. O Arte em Cores realizará uma segunda fase de seleção entre os participantes para a criação de dois painéis coletivos: um em Canaã dos Carajás, no Pará, e outro em Bacabeira, no Maranhão. Cada um realizado por cinco artistas do próprio estado.

A produção dos painéis coletivos acontece ao longo de quatro dias corridos, com acompanhamento presencial de mentores e premiações adicionais para os artistas selecionados.

Ao final do projeto, fotografias de todas as obras produzidas na edição serão expostas na Galeria Virtual do Arte em Cores.

Valorização da arte urbana

Desde 2020, o Arte em Cores dedica-se a conectar pessoas e visibilizar o talento e a criatividade de artistas visuais do Maranhão e do Pará, bem como promover ações de capacitação e estimular a economia criativa. Ao longo de três edições, 175 artistas foram beneficiados e, além dos trabalhos individuais realizados em diversas cidades de ambos os estados, sete grandes murais coletivos já foram produzidos em Açailândia (MA), Alto Alegre do Pindaré (MA), Buriticupu (MA), Belém (PA), Marabá (PA), que recebeu dois murais, e Parauapebas (PA).

A Galeria Virtual do Arte em Cores reúne fotografias de todas as obras já realizadas, em uma exposição online que amplia o acesso à produção artística. Em 2024, o projeto chega à sua quarta edição, dando continuidade ao histórico de sucesso na valorização da arte urbana.

O Arte em Cores é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, apoio do Centro Cultural Tatajuba e realizado pelo Ateliê 22 e Ministério da Cultura.

(Temple Comunicação)