Arara Azul FM entrevista o Secretário de Agricultura do Estado do Pará

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Demerval Moreno, do Alerta 96, foi quem conduziu entrevista ao vivo.

O Secretário de Agricultura do Estado do Pará, Cassio Alves Pereira (foto), em entrevista ao radialista Demerval Moreno, disse que o Pará tem hoje o 5º maior rebanho bovino do Brasil. São 19,5 milhões e cabeças de bovinos e bubalinos, que coloca a pecuária como um dos setores que despontam no Estado.

Segundo dados levantados pelo Secretário, o Estado tem hoje cerca de 111 mil estabelecimentos rurais que atuam na pecuária e que desses 111 mil, cerca de 90 mil criam menos de 200 cabeças, o que vem demostrar que a pecuária não é mais exclusividade de grandes propriedades rurais, e que é sim bastante distribuída e de grande repercussão social.

Sec de Agricultura do Estado

Números

Segundo Casio Pereira, em termos financeiros, a força do agro-negócio gira anualmente ao em torno de R$5 bi no Estado. Somente em exportações, em 2009, o Estado obteve a marca de US$511 milhões, volume 552% maior que em 2006.

Ampliação de produtos

Basicamente, em anos anteriores a 2006, o Estado exportava carne e couro. Hoje, confirma Cassio, houve uma diversificação dos produtos. Além da carne e do couro, exportamos quase tudo, até genética de bubalinos para a Venezuela, o que trouxe um ganho agregado para todos.

Esforços

Essa nova configuração da pecuária, onde pequenos, médios e grandes produtores tem participação significativa na pecuária paraense se deu graças  a esforços dos produtores, sindicatos, associações e cooperativas que se organizaram aliados a competência da indústria frigorifica paraense.

Abate clandestino

Segundo o secretário, cerca de 10 a 15% do mercado é de abatedouros clandestinos pois o consumo de carne fresca, apesar do Ministério da Agricultura ter regulamentado a proibição da venda de carne não resfriada, através de portaria, em 2006, a população paraense tem o habito de  consumir o produto ainda sangrando, como se vê em muitos açougues.

O Estado, através de agentes fiscalizadores vem tentando reprimir esse consumo através de notificações e até com o fechamento desses abatedouros, mesmo que isso cause problemas sociais e econômicos em diversos municípios.

Aftosa

O Pará, e em especial Parauapebas, já tem uma área livre da febre aftosa e segundo o secretário, isso só foi possível graças à cooperação dos produtores e da ADEPARÁ. “É importante a manutenção dessa área livre e isso só pode ser conseguido com a constante vacinação”, disse Cassio Pereira.

O Secretário finalizou a entrevista, respondendo a um ouvinte, e disse que sempre que alguém atribuir o sucesso de um projeto a apenas uma pessoa ou órgão, devemos desconfiar da informação. Salientou que o sucesso da exportação paraense se deu devido a integração de esforços entre produtores, órgãos fiscalizadores, indústria e comércio. Todos fazendo a sua parte por um Pará mais forte.

Confira o áudio na íntegra da entrevista clicando aqui.