Aeroclube de Belém retirado da rodada de concessões e obras retomadas em Oriximiná

Ideia é que a estrutura do aeroporto seja extinta e transferida para o aeroporto Val-de-Cans. Aeroporto de Oriximiná será habilitado operações noturnas

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Brasília – O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), reunido no Ministério da Infraestrutura com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas foi informado da retirada do aeroporto Brigadeiro Protásio, mais conhecido como Aeroclube de Belém, dos estudos da 7ª rodada de concessões de aeroportos, que serão iniciadas ainda este ano. A ideia é que a estrutura do aeroporto seja extinta e transferida para o aeroporto Val-de-Cans, que fica geograficamente ao lado do terminal de menor porte. Inicialmente, os dois terminais integravam o bloco do Pará e Amapá da 7ª rodada. Com a mudança, somente o aeroporto Val-de-Cans será concedido.

A decisão libera o governador para dar prosseguimento ao projeto de transformar a área de 900 mil metros quadrados, no bairro da Sacramenta, em Belém, em um parque urbano.

O Governo do Pará pediu à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República a integração da área, para integrá-la ao planejamento de Belém, com a construção de um grande parque.
Colar aqui a foto Aeroclube

Parque Belém

A proposta do “Parque de Belém” foi elaborada em 1989 e contextualiza a crescente urbanização, pois o Aeroclube ficou praticamente no coração da cidade, representando, riscos tanto para a população quanto para os voos que já são limitados, na medida em que não opera no período noturno.

Para isso, a União, por meio da Infraero, e o estado do Pará decidiram firmar, ainda em setembro do ano passado, um acordo de cooperação técnica no valor de R$ 15 milhões para a migração da estrutura do aeroporto Brigadeiro Protásio para o aeroporto Val-de-Cans. O governo do estado vai entrar com os recursos financeiros, enquanto a Infraero será responsável pela migração da estrutura de um aeroporto para o outro.

Atualmente, todos os voos comerciais na capital paraense ocorrem no aeroporto Val-de-Cans. O outro terminal está restrito a hangares e afins. O governo local optou por revitalizar a área do aeroporto de menor porte para a população.

No âmbito da aviação regional, Freitas também anunciou a entrega das obras de revitalização do aeroporto de Oriximiná (PA) até o fim do ano. Em seguida, serão iniciadas as obras nos aeroportos de Breves (PA), Redenção (PA), Itaituba (PA) e Paragominas (PA).

Na mesma reunião na Infraestrutura, no setor aquaviário, o principal tema abordado foram as obras do Pedral do Lourenço, que estão em fase de licenciamento. A expectativa é que as intervenções sejam iniciadas ainda no próximo ano. Outra agenda tratada foi o apoio do estado à política de redução do ICMS do Bunker, combustível utilizado na navegação.

No setor rodoviário, o ministro e o governador trataram das obras nas rodovias BR-308, BR-316, BR-230 e BR-422.

Aeroporto de Oriximiná

O Ministério da Infraestrutura anunciou, por meio de publicações em suas redes sociais, que retomou as obras no aeroporto de Oriximiná, no Pará. O objetivo do empreendimento, que custará R$ 13,8 milhões é implantar as placas no terminal de passageiros e consertar a cerca operacional do aeroporto, bem como habilitar a pista a operações noturnas.

O Aeroporto de Oriximiná fica a cerca de 8 quilômetros do centro da cidade de 72 mil habitantes, a qual tem grande importância devido às atividades de mineração. Às margens do Rio Trombetas, o município abriga a maior reserva conhecida de bauxita do Brasil, segundo dados do Ministério das Minas e Energia.

Dada sua localização remota, Oriximiná depende de um aeroporto funcional para o transporte de pessoas, doentes e de cargas, que demorariam dias para chegar por barcos ou pelas precárias estradas paraenses.

Uma aeronave KC-390 Millenium da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou soldados e equipamentos que serão usados nas obras. O avião da FAB trouxe a bordo também uma equipe da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara), maquinários e suprimentos alimentícios.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.