Vitória do Xingu, Ourilândia do Norte e Canaã dos Carajás apresentaram o maior saldo na geração de empregos no estado em maio deste ano.

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Os municípios paraenses de Vitória do Xingu, Ourilândia do Norte e Canaã dos Carajás apresentaram o maior saldo na geração de empregos no estado em maio deste ano. É o que aponta o Informe Técnico do Mercado de Trabalho da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), divulgado esta semana. No período em questão, Vitória do Xingu registrou 423 novos postos de trabalho com carteira assinada, Ourilândia do Norte encerrou o período com 283 vínculos,  Canaã dos Carajás com 245 e Parauapebas com 235.

Na análise por setor produtivo, o da construção civil foi o que mais criou novos vínculos trabalhistas nesses municípios. Em Vitória do Xingu, por exemplo, a geração de novos postos foi impulsionada pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que vem atraindo uma série de outros empreendimentos. O município de Ourilândia do Norte também garantiu novos vínculos empregatícios no setor da construção civil devido a obras de infraestrutura, como pavimentação de ruas e estruturação da rede urbana de drenagem, assim como Canaã do Carajás, município que também conta com obras estruturantes, a exemplo da mina S11D.

No quadro geral para o estado do Pará, o setor extrativo mineral foi o que alcançou o melhor saldo na geração de empregos em maio. De acordo com o estudo, o setor registrou 173 novos postos de trabalho no mês em questão. Esse resultado se deve, principalmente, ao aumento da demanda internacional pelo minério de ferro, principal produto extrativo mineral, que vem elevando a atividade produtiva no setor e favorecendo o aumento de novas contratações de emprego.

Entretanto, o cenário do mercado de trabalho no Brasil caminhou na direção contrária, uma vez que das 27 unidades federativas, 24, incluindo o Pará, tiveram saldos desfavoráveis. O país apresentou redução de 115.599 vínculos com carteira assinada em maio. O principal fator para essa retração foi a desaceleração da atividade produtiva nacional. Além disso, o aumento de impostos e ajustes de preços administrados em energia e combustível, promovidos pelo governo federal nos primeiros meses deste ano, favoreceram o crescimento da inflação, impactando no consumo e, consequentemente, na geração de empregos.