A equipe de transição do governo Lula conta com um representante da região sudeste do Pará. Trata-se do professor doutor Maurilio de Abreu Monteiro, ex-reitor da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará). Os trabalhos da equipe começaram em 16 de novembro, mas a nomeação de Maurílio só foi oficializada no dia 1º de dezembro, por meio da Portaria nº 66, assinada pelo coordenador da transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Monteiro integra o Grupo Técnico de Desenvolvimento Regional, responsável por tratar de temas que têm relação direta com a formação acadêmica e com sua atuação de ex-reitor, uma vez que cabe a esse grupo discutir e apresentar sugestões de como organizar políticas públicas de forma que elas propiciem a redução das desigualdades entre as regiões brasileiras.

O escopo desse debate envolve instrumentos tais quais a concessão de incentivos fiscais federais, dentre eles os que se destinam à Zona Franca de Manaus; a operacionalização dos Fundo Constitucionais, entre eles, o Fundo constitucional de Financiamento do Norte (FNO); e o funcionamento de agências de desenvolvimento, nelas incluída a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

O Grupo de Trabalho deverá também sugerir ao presidente eleito, Lula, caminhos para que, efetivamente, se regionalize a intervenção do Governo Federal e como tal estratégia seja incorporada pelo Plano Plurianual (PPA), já que este plano baliza a alocação dos recursos orçamentários da União na sua totalidade.

Ao se apresentar estratégias para se regionalizar o PPA espera-se que os demais instrumentos de planejamento de médio e longo prazo possam ser peças estruturadoras para o desenvolvimento regional, sobretudo, das regiões que integram a Amazônia.

Monteiro declarou ao Blog do Zé Dudu que participa do Grupo de Transição com tarefa central de colaborar para que a Política Nacional de Desenvolvimento Regional seja revigorada, mas sem deixar de frisar e apontar a importância e as enormes necessidades que envolvem a incorporação das diversas regiões amazônicas nesses processos de desenvolvimento e para que eles sejam indutores de forte enraizamento social e capazes de propiciar o uso mais qualificado dos recursos naturais

O professor, acrescenta que essa tarefa certamente só terá êxito “se envolver, simultaneamente, a mobilização de múltiplas forças endógenas como também aquelas que são exógenas à Amazônia”.