Tião passa o “bisturi” na Saúde e exonera mais de 50 cargos comissionados

Novo secretário tem carta branca para agir e enxugar gastos na pasta mais complexa da atual gestão em Marabá

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O prefeito de Marabá, Sebastião Miranda Filho, tem gastado a maior parte dos últimos dias “enfurnado” na Secretaria Municipal de Saúde, considerada, atualmente, a maior sangria de dinheiro de sua gestão. Ao lado do novo secretário e seu homem de confiança, Luciano Lopes Dias, Tião tem analisado os números que levam grande parte da receita do município. Mas o que mais tem impressionado a dupla é o gasto nada cartesiano com plantões médicos.

Para dar uma chacoalhada na sede da Secretaria de Saúde e nos dois hospitais e realizar uma análise mais aprimorada dos gastos e do papel da equipe técnica, foram exonerados, em apenas dois dias (quinta e sexta-feira), mais de 50 servidores que ocupavam cargos comissionados.

Outro corte realizado com urgência (urgentíssima) foi passar o bisturi no Corujão da Saúde, que funcionava há mais de um ano em algumas Unidades Básicas de Saúde da cidade no período noturno. O custo muito alto desse serviço fez com que ele fosse deletado no final do mês passado e só voltará (se voltar) após uma reavaliação.

De orelha em pé, Tião arrepiou os cabelos (ele ainda tem) quando identificou que alguns médicos estavam recebendo mais de R$ 30 mil apenas em plantões. Miranda decidiu agir na Saúde para evitar que os gastos do setor virassem uma bola de neve, como aconteceu na mesma Secretaria Municipal nas duas gestões anteriores. Pressionado, Maurino Magalhães chegou a nomear seis secretários nos quatro anos de sua gestão. João Salame também perdeu muitos cabelos diante de uma folha inchada e serviços que não funcionavam a contento da população.

Depois de resolver o drama do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) do Magistério, Luciano Dias foi provado no fogo e avaliado como a pessoa ideal para promover uma mudança radical na Secretaria de Saúde. Antes de ele chegar à nova pasta, no último dia 1º, já tinham passado pelo cargo, na atual gestão, dois advogados e uma enfermeira. Lopes, que também é advogado, não quer fazer alarde e não está concedendo entrevistas sobre as mudanças que estão em curso. O que se sabe, até agora, é que mais exonerações estão vindo por aí na próxima semana. “O problema vai muito além disso. Eles estão prevendo reestruturar a gestão da saúde e, para isso, vão precisar de um bom tempo para promover as mudanças necessárias”, disse um servidor que ainda não sofreu os efeitos da degola.

O prefeito tem dito para interlocutores durante esta semana que precisa cortar na carne e que, para isso, às vezes até mesmo aliados políticos estão na lista das exonerações. A grande maioria é concursada e deverá ser remanejada para outros setores da mesma secretaria.

Nas redes sociais, o assunto foi bastante discutido esta semana e embora o clima seja de tensão entre servidores da área, a comunidade, de uma forma geral, está gostando porque avalia que as mudanças poderão trazer melhorias no atendimento nas unidades básicas de saúde e nos dois hospitais: (HMM e HMI).

Ulisses Pompeu – de Marabá

8 comentários em “Tião passa o “bisturi” na Saúde e exonera mais de 50 cargos comissionados

  1. Maria Do Socorro Silva Responder

    O que não entendo para que tem uma maca no consultório médico. Sendo que não faz avaliação fisica alguns nem olha para o úsuario o que serà que eles colocam na evolução avaliação fisica. Única que faz esse procedimento e Dr Ana Carolina Geriatrica…..esse è procedimento do Médico e do Enfermeiro….HMM……

  2. Jalila Responder

    Esse povo pensa que o gestor é obrigado a tolerar os abusos deles porque ajudaram na campanha .o Tião se elegeria sem campanha. Não se mancam.ainda tem uns figura que jogavam uma cortina de fumaça frequentando igrejas.

  3. Jovalino Responder

    O entedimento dos preceitos de saúde é fundamental e saúde custa caro comparado a outras pastas, ainda mais um sistema público de saúde que cuida praticamente de 400 mil pessoas incluindo os munícipios vizinhos e pessoas com alto nível de pobreza. Dizer que a folha de pagamento por si só é responsável pelo inchaço do gasto da pasta, é no mínimo ingenuidade e superficialidade sobre assunto. Marabá experimentou recentemente com essa gestão um acesso a saúde grande a todos, com médicos colocados para servir a populacao, por exemplo. Um médico é levar o conhecimento e tratamento certo a população que leva cura diariamente a custo as vezes de medicações com valor inferior a 1 real. Sou prova disso. Marabá pelo seu porte, deveria ter no mínimo mais um hospital de trauma e 2 upas para atender sua demanda, logicamente com uma saúde básica forte e acessivel. Vai em Imperatriz e compara as duas cidades! É certo que a população exige e é exigente e todos sao fiscalizadores, mas temos um sistema de saúde pública subfinanciado para o nível exigido ainda mais falando em um sistema universal que é prestado a todos. Logo, a população de marabá terá que escolher se quer uma saúde de qualidade ou suas ruas empoeiradas, asfaltadas…

  4. Manoel d barreto vianna Responder

    Não adianta reclanmar da crise p justicar a inficiência dos serviços públicos. O caminho é enxugar gastos, está no caminho certo o gestor!

  5. Angla Responder

    Isso e muito bom ,pois mostra uma preocupação maior com a população que paga seus impostos direitinho e esperam da máquina pública um atendimento e prestação de serviços humanizados e não somente prestação de favores para alguns… parabéns sr prefeito

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