Terreno destinado ao Parque Ambiental Kayapó é invadido em Ourilândia

Povo indígena quer retirar, por conta própria, os invasores que estão destruindo a área verde de mais de 120 mil metros quadrados
Muitas árvores foram destruídas e casas erguidas na área do Parque Ambiental

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Chegou ao Ministério Público do Estado do Pará a denúncia de que diversas pessoas invadiram a área destinada ao Parque Ambiental Kayapó, em Ourilândia do Norte, e estão destruindo as árvores do local.

Acompanhados de representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), alguns indígenas foram até o terreno e, segundo informaram ao órgão ministerial, os invasores afirmaram que não iriam sair da área, “o prefeito que lhes deem outra área ou indenize-os”, teriam dito.

A área é estimada em mais de 123 mil metros quadrados e está localizada no Residencial Viver Bem. Segundo informações, o pajé utiliza diversas árvores para fazer a manipulação de remédios para a comunidade indígena.

Indígenas foram surpreendidos com invasão de sua área e ameaçam retirada sem intervenção da justiça

Sem apoio da Prefeitura Municipal, que pediu para que o povo indígena procurasse uma Delegacia de Polícia para registrar um Boletim de Ocorrência, o caso foi parar no Ministério Público.

Com o B.O devidamente apresentado, a gestão municipal alegou que resolveria a situação até a última sexta-feira, 3, o que não aconteceu.

O promotor de Justiça, Odélio Divini Garcia Júnior, pediu que a Prefeitura de Ourilândia preste informações sobre a situação em um prazo de 24 horas.

Parque Ambiental Kayapó

No dia 2 de junho de 2022, o prefeito municipal de Ourilândia do Norte, Júlio César Dairel, instituiu a Lei Municipal nº 815, que criou o Parque Ambiental Kayapó, com o objetivo de preservar o ecossistema natural, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental.

Além disso, a área é destinada ao turismo ecológico, lazer recreativo sustentável e acolhimento aos povos indígenas.

De acordo com a lei, sancionada pelo prefeito, todo o perímetro verde do parque passa a ser uma Área de Preservação Permanente (APP), enquanto a denominada área institucional será destinada à construção de alojamentos, instalações de saúde e educação e infraestrutura de apoio.

Com todos os artigos da Lei, o penúltimo trata da fiscalização do Poder Público Municipal. Mas, pelo visto, isso não está sendo cumprido.

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