Telexfree deve restituir mais de R$ 100 mil a advogado que investiu sem saber que tratava-se de pirâmide financeira

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Um advogado vai receber mais de R$ 100 mil como restituição de um investimento realizado na empresa Telexfree, devido ao argumento da existência de pirâmide financeira. A decisão é da 3ª vara Cível de Rondonópolis/MT, que concedeu tutela antecipada ao autor da ação.

O valor que será devolvido foi investido pelo advogado na compra de kits do produto denominado VOIP 99Telexfree, que a empresa apresenta como seu “carro-chefe”. Contudo, o produto é uma maneira de aumentar a rede de divulgadores, responsáveis por oferecer o produto a outras pessoas, uma pirâmide financeira. Diversas reclamações já foram apresentadas à Justiça, e o MP também investiga o caso.

A juíza Milene Aparecida Pereira Beltramini, responsável pela decisão, afirmou que a antecipação da tutela é justificada pelos elementos probatórios que comprovam a alegação do autor. Nesse caso, é de conhecimento público a suspensão das atividades da Telexfree pela prática da pirâmide financeira.

Ainda segundo a juíza, “não é preciso muito esforço intelectual para saber que, para operar no sistema de telefonia, a que título for, necessário se faz a autorização da ANATEL, sendo certo que desconhece que a TELEXFREE tenha tal permissão“.

Dessa forma, foi requeria a restituição do valor despendido pelo autor, no montante de R$ 101.574,00, no prazo de 10 dias. Caso o valor não seja depositado, foi fixada multa diária de R$ 1 mil.

A decisão ressaltou que, considerando que houve o bloqueio dos ativos financeiros a empresa pelo juízo da 2ª vara Cível de Rio Branco/AC, fosse notificado ao juízo responsável a decisão, para que o referido valor fosse desbloqueado.

  • Processo: 9692-80.2013.811.0003

Veja a íntegra da decisão.

9 comentários em “Telexfree deve restituir mais de R$ 100 mil a advogado que investiu sem saber que tratava-se de pirâmide financeira

  1. Bruno Monteiro Responder

    Caro Franklin, como assim “classe menos favorecida”? Segundo os critérios estabelecidos pelo órgão competente, me encaixo na classe média, e confesso que não disponho de R$ 100.000,00 vagabundos na carteira para fazer graça em um negócio ostensivamente arriscado como o investimento em pirâmide. Ademais, a única economia que gira em um negócio como esse é a economia dos donos da Telexfree, bem longe do Brasil! Sejamos menos ingênuos meu prezado…

  2. Frank James Responder

    Com certeza ele sabia sim, só que agora que a casa caiu ele estar se fazendo de despercebido.

  3. Franklim Responder

    Amigo, o negócio é que quando a classe menos favorecida começa a ganhar dinheiro, muita gente de cima começa a se incomodar inclusive pobre que é puxa saco de rico, ai eu pergunto: o que é que banco vende? banco não tem produto é só dinheiro, os bancos a cada seis meses relatam seus lucros que é bilhões, como estes lucros ficam com os de cima , aí ninguém fala nada – não tenho nada com telexfree mas eu acho que a telexfree está fazendo a economia movimentar e aí todo mundo ganha. Deixam de ser medíocres o Brasil precisa ser grandes e só será grande se a economia girar, em todo o mundo a telexfree funciona, será que o Brasil está certo e os outros estão errados? – pelo o que eu levantei a telexfree não deve nada a ninguem.

  4. wss Responder

    Deve ser advogado de porta de cadeia….
    Esse papo de que nao sabia é uma lorota das grandes

  5. vitor Responder

    PROCUREM NO GOOGLE ” PIRAMIDE DE PONZI ” E VERÃO POR QUE ESTE SISTEMA NÃO SE SUSTENTA!!!

  6. Bruno Monteiro Responder

    Mas que advogado ruinzinho então… Até eu, que sequer sou inscrito nos quadros da OAB, sempre soube que tratava-se de pirâmide financeira e nessa valsa vi até personalidade pública de nossa cidade, que se diz socialista, embarcando como um garoto de 10 anos. Negócio sem produto, baseado na pura especulação financeira, alicerçado num canto de sereia e que em nada contribui para a sociedade. Acho bem feito o q aconteceu, sobretudo com as vítimas letradas, que alisaram a “BBunda” em bancos de escola.

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