Santa Casa é o primeiro hospital no Pará a receber pesquisa Nascer Brasil

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A Santa Casa de Misericórdia é a primeira instituição no Pará a receber a pesquisa “Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre o Parto e Nascimento” fundamental para a elaboração de políticas públicas voltadas para a mãe e o bebê. Essa é a principal conclusão das instituições envolvidas no trabalho, uma vez que o objetivo é conhecer a realidade nacional e regional da atenção dada à mulher antes e depois do parto, assim como aos recém-nascidos.

Trinta pesquisadores, entre acadêmicos da Uepa, Cesupa e profissionais da saúde, estão aplicando esta semana questionários para 90 mulheres na maternidade da Santa Casa. O questionário, que tem 392 itens tem como objetivo traçar um perfil das mulheres sobre o pré-natal, o parto e o pós-parto. Além de Belém, a pesquisa será aplicada em municípios como Marituba, Cametá, Castanhal, Parauapebas e Tucuruí.

Para a pesquisadora e acadêmica de medicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa) Raphaela Brasil, a pesquisa é uma iniciativa de grande importância para a avaliação do atendimento nos hospitais de referência, como o realizado pela Fundação Santa Casa: “acredito que trará melhoras, falo como futura profissional da saúde. O programa trará vantagens não só para as mães e o recém nascido; os hospitais também serão beneficiados” conclui.

Claudia Vanessa Santiago, 24 anos, moradora do bairro da Marambaia, em Belém, está na Santa Casa, onde teve o seu segundo filho, Dayvison, diz que vê com muita alegria esta pesquisa na maternidade. “É a segunda vez que estou aqui e percebo que o atendimento já mudou, os profissionais estão mais atenciosos. O programa vai beneficiar as futuras mães e bebês, principalmente as mais carentes e com problemas na gestação” destaca Cláudia.

Os resultados da pesquisa, que é coordenada nacionalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, deverá apontar a realidade das condições de nascimento do bebê, além das condições do pré-natal e como o atendimento é feito à futura mãe. Assim, o governo poderá melhorar as ações na área de atenção à saúde da mulher e da criança em seus municípios, além de nortear a elaboração de políticas públicas para melhorar a atenção no pré-natal e nascimento.

Para Sarah Lago, supervisora da pesquisa que está sendo aplicada na maternidade da Santa Casa, “a aceitação das parturientes é muito boa, apesar do tempo em que o pesquisador aplica os questionários”. A aplicação dura em torno de 40 a 50 minutos. Em média são feitas 12 entrevistas por dia. É um verdadeiro raio x das 90 mulheres que tiveram suas crianças neste dias na Santa Casa. Os questionários colhidos na pesquisa serão enviados à Fiocruz para a análise e tabulação para depois divulgar os resultados.

Fonte: Agência Pará

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