Remo perde para o Brasiliense nos pênaltis e deixa escapar o título da Copa Verde em Belém

O Leão Azul venceu o Jacaré no tempo normal, devolvendo o placar, mas saiu derrotado nos pênaltis
Festa do Brasiliense em pleno Mangueirão

Continua depois da publicidade

Ainda não foi dessa vez que o Clube do Remo conquistou a Copa Verde. Jogando na tarde desta quarta-feira (24), o Leão Azul conseguiu devolver o placar do primeiro jogo e venceu o Brasiliense (DF), por 2 a 1, no Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém. A decisão do título foi para os pênaltis e o Jacaré de Brasília foi mais competente, derrotando os azulinos por 5 a 4 e levantando a taça em pleno Mangueirão.

O Remo abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo, quando Felipe Gedoz cobrou falta e o zagueiro Fredson subiu de cabeça para marcar. O Brasiliense voltou diferente no segundo tempo e igualou o placar com Zé Love, que acertou uma bela cabeçada após cruzamento de Diogo, aos quatro minutos. O Jacaré acabou perdendo um jogador depois que o lateral-esquerdo Balotelli recebeu o segundo amarelo e foi expulso, aos 14 minutos. O Leão chegou à vitória quando Felipe Gedoz cobrou falta, Lucas Siqueira raspou de cabeça e Rafael Jansen marcou, aos 15 minutos. 

No agregado, a final terminou empatada em 3 a 3, e com isso o título foi decidido nos pênaltis. Melhor para o Brasiliense, que despachou o Leão e comemorou em Belém. A conquista classificou o time Candango para a terceira fase da Copa do Brasil de 2021, e abriu uma outra vaga para um time do Distrito Federal, o Real Brasília, que vai disputar a primeira fase da Copa do Brasil. 

O jogo: Leão, vice-campeão outra vez! 

Precisando da vitória para buscar o título inédito, o Remo foi pra cima. O atacante Hélio Borges recebeu na área e chutou, o goleiro Edmar Sucuri espalmou pela linha de fundo, cedendo escanteio para o Leão Azul. Em uma cobrança de falta para os azulinos, Felipe Gedoz bateu e a bola passou por cima da meta adversária. O Brasiliense tentou marcar depois que Balotelli experimentou de fora da área, mas mandou muito longe da trave do goleiro Vinícius.

O VAR entrou em ação pela primeira vez quando Felipe Gedoz cobrou escanteio – Sandy cortou com o peito no primeiro pau e o time do Remo pediu pênalti, mas o árbitro de vídeo foi consultado e nada foi marcado pela arbitragem.  Em mais uma bola parada do Leão, não teve jeito: Felipe Gedoz cobrou falta e o zagueiro Fredson cabeceou firme para abrir o placar, aos 25 minutos, 1 a 0 Leão.

O segundo quase saiu quando Hélio Borges arrancou com a bola pela esquerda, ganhou da marcação e chutou cruzado; Felipe Gedoz se atirou de carrinho, mas não alcançou a redonda. Só dava Remo. Lucas Siqueira escapou bem pela esquerda e tocou para o chute de Wellington Silva – a bola passou tirando tinta da trave do goleiro Edmar Sucuri. Em mais uma investida do Leão, Wallace tocou para Marlon, que cruzou na área e Keynan cortou providencialmente, antes da chegada do atacante Hélio Borges.

O Jacaré de Brasília teve a sua única chance real até então, quando Zé Love apareceu na entrada da área e chutou, a bola passou perto do travessão, assustando o goleiro Vinícius. Em outra tentativa do Brasiliense, Maicon Assis cobrou escanteio e Vinícius tirou de soco; a bola sobrou para Aldo, que chutou e a redonda desviou na zaga, ficando nas mãos do goleiro remista. Quando o Remo foi novamente, quase ampliou. Wellington Silva cruzou da direita, a zaga bateu de cabeça e a bola ficou com o atacante Augusto, que chutou em cima do goleiro Edmar Sucuri.

No segundo tempo, após uma sobra de bola, o goleiro Edmar Sucuri foi esperto e colocou pela linha lateral antes da chegada do atacante Wallace. O Brasiliense empatou: Diogo recebeu na direita e cruzou na medida para a cabeçada certeira do atacante Zé Love, aos quatro minutos, 1 a 1. O lateral-esquerdo Balotelli cometeu falta dura e recebeu o cartão amarelo, como já tinha um, acabou expulso aos 14 minutos.

Na cobrança de falta de Felipe Gedoz, Lucas Siqueira raspou de cabeça e o zagueiro Rafael Jansen empurrou para o gol, aos 15 minutos, 2 a 1 Leão. O árbitro consultou o VAR para saber se teria alguma irregularidade no gol remista, mas a arbitragem validou o tento. O Remo precisava de mais um para ser campeão direto, sem os pênaltis. Wellington Silva pegou a sobra de bola na área e chutou, mas a redonda foi pela linha de fundo. Mais uma boa chance perdida dos azulinos.

O Remo botou pressão. Hélio Borges fez boa jogada individual e tocou para Dioguinho, que virou rápido e chutou – a bola explodiu na trave do goleiro Edmar Sucuri. No lance seguinte, Augusto recebeu na área e chutou, Edmar Sucuri defendeu e a zaga despachou o perigo. Mais uma vez o atacante Hélio Borges arrancou com a bola dominada e tocou para Tiago Miranda, que chutou e dessa vez mandou longe da meta do Brasiliense.

O Leão foi ao ataque novamente. Dioguinho escapou pela direita, se livrou da marcação e chutou, mas a bola passou por cima. Quase o Jacaré surpreendeu com Romarinho, que recebeu livre na frente e chutou para a defesa do goleiro Vinícius, mas a arbitragem assinalou impedimento. O terceiro do Leão não saiu por muito pouco quando Dioguinho escapou pela direita e cruzou para Lailson, que, sozinho, perdeu a chance.

Em um contra-ataque rápido do Brasiliense, Romarinho arrancou pela esquerda, cruzando para Jefferson Maranhão, que estava só e chutou para fora. Inacreditável a chance perdida pelo Jacaré. Na última chance do tempo normal, após uma bola na área, a zaga do time de Brasília cortou e Lailson emendou um chute rasteiro – a bola passou raspando a meta do goleiro Edmar Sucuri. Placar final: Remo 2 x 1 Brasiliense. Com o resultado, a disputa do título foi para os pênaltis.

Melhor para o Brasiliense que venceu nos pênaltis, por 5 a 4, e conquistou o título inédito da Copa Verde 2020. Peu, Aldo, Jefferson Maranhão, Romarinho e Diogo assinalaram para o Jacaré, que perdeu um pênalti com Sandy. Pelo lado do Leão, marcaram Felipe Gedoz, Lailson, Wallace e Rafael Jansen, tendo perdido dois pênaltis com Lucas Siqueira e Wellington Silva, que isolou a última cobrança.

FICHA TÉCNICA

REMO: Vinícius; Wellington Silva, Fredson, Rafael Jansen e Marlon (Lailson); Pingo (Dioguinho), Lucas Siqueira e Felipe Gedoz; Hélio Borges, Augusto (Tiago Miranda) e Wallace. Técnico: Paulo Bonamigo.

BRASILIENSE: Edmar Sucuri; Diogo, Badhuga, Keynan e Balotelli; Aldo, Luquinhas (Jefferson Maranhão), Sandy e Zotti (Gustavo Henrique); Maicon Assis (Romarinho) e Zé Love (Peu). Técnico: Vilson Tadei.

  • Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
  • Árbitro Assistente 1: Cristhian Passos Sorence (GO)
  • Árbitro Assistente 2: Leone Carvalho Rocha (GO)
  • Quarto Árbitro: Andrey da Silva e Silva (PA)
  • Analista de Campo: Lúcio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos (PA)
  • Árbitro de Vídeo: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
  • Assistente de Árbitro de Vídeo 1: Antônio Dib Moraes de Sousa (PI)
  • Assistente de Árbitro de Vídeo 2: Edson Antônio de Sousa (GO)
  • Observador de VAR: Marcos André Gomes da Penha (ES)
  • Cartões amarelos: Badhuga, Balotelli e Zé Love (Brasiliense)
  • Cartão vermelho: Balotelli (Brasiliense)
  • Gols: Fredson, de cabeça, aos 25 minutos do 1° tempo para o Remo; Zé Love, de cabeça, aos 4 minutos do 2° tempo para o Brasiliense; Rafael Jansen, aos 15 minutos do 2° tempo para o Remo
  • Local: Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém 

Por Fábio Relvas
Fotos: Diogo Puget e Samara Miranda