Reencontro após 30 anos reforça importância de rede única para localizar desaparecidos

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Uma longa história com final feliz. Foi o reencontro da maranhense Maria do socorro com a mãe, Maria José, e com a filha, Maria da Graça. As três marias viveram durante trinta anos o drama do desaparecimento de uma delas, que deixou o Maranhão para tentar a vida no Rio de Janeiro. Este mês, finalmente elas se viram novamente, num encontro emocionante no Aeroporto de Brasília.

Maria do Socorro foi localizada com a ajuda de ONGs que trabalham na divulgação de pessoas desaparecidas. Um trabalho que deve ganhar força com as recomendações aprovadas pela CPI criada na Câmara para analisar o tema.

O relatório apresentado pela deputada Andréa Zito e aprovado pela comissão no início de novembro propõe a criação de delegacias especializadas nesses casos, com equipes multidisciplinares. A CPI também vai sugerir aos ministérios da Justiça e das Comunicações que obriguem as emissoras de rádio e TV a divulgarem dados de crianças e adolescentes desaparecidos.

A deputada Bel Mesquita acredita que o cadastro de desaparecidos, em funcionamento desde o ano passado, foi um passo importante na busca por pessoas sumidas em todo o mundo. Mas reclama que os dados precisam ficar concentrados num único órgão.

As cenas desse reencontro não precisariam demorar trinta anos para serem vistas caso as recomendações da CPI já fossem uma rotina. Para os parlamentares da CPI, se apenas um órgão concentrasse as informações sobre desaparecidos a localização seria mais rápida. Maria do Socorro só reencontrou a mãe e a filha com a ajuda de organizações não governamentais especializadas nesses casos e por meio de um simples perfil numa rede social na internet.

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