MUNICÍPIO EM CRISE
A coisa tá feia para o município de Parauapebas, que praticamente não tem o que comemorar no próximo dia 10 de maio, data do seu 37º aniversário de emancipação político-administrativa. Pelo contrário, o cenário é preocupante, principalmente em decorrência da queda na arrecadação e, em paralelo, das despesas extravagantes — e desprovidas de qualquer transparência — que o prefeito Aurélio Goiano não para de fazer.
ROYALTIES EM QUEDA
O cenário mais crítico fica por conta da baixa nos royalties de mineração, receita reconhecida no jargão contábil como Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Este mês, vão cair nos cofres de Parauapebas “apenas” R$ 42.951.670,43 – parece muito, mas é o pior maio em seis anos. Ano passado, por exemplo, o município recebeu R$ 48.492.039,51 em Cfem, ou seja, 11,5% a mais que agora.
CENÁRIO PREOCUPANTE
Em maio de 2021, auge dos royalties, Parauapebas recebeu R$ 114.783.031,64, quase o triplo deste mês, montante recorde e que dificilmente terá repeteco. O buraco é ainda mais embaixo: a Cfem de junho também será “desastrosa” para os padrões de gastos do município e, sobretudo, do governo Aurélio. Além disso, pelo prognóstico de produção mineral, o royalty cairá para uma média mensal de R$ 30 milhões por mês em 2026, o que pode ser trágico para um município com despesas bilionárias.
NÃO VAI TER FESTA
Após torrar milhões no mês de março com meio mundo de shows caríssimos para bajular sua esposa Beatriz Ramos, atual secretária da Mulher, o prefeito Aurélio Goiano diz agora que não tem dinheiro para gastar com a aguardada festa de aniversário do município, sob alegação de que a arrecadação caiu muito. A notícia pegou mal no comércio, já que o níver de Parauapebas tradicionalmente movimenta a economia local.
NOVOS VEREADORES
É grande a expectativa sobre a decisão do juiz eleitoral Libério de Vasconcelos em relação às ações de investigação judicial eleitorais que podem cassar candidaturas de quatro vereadores do município. A qualquer momento o magistrado dará a sentença, e, a depender da manifestação, poderá haver dança de cadeiras com rearranjo das composições políticas. Quem perder deve recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belém, mas por se tratar de caso envolvendo fraude em cota de gêneros, a ação vai caminhar rápido e dificilmente terá desfecho positivo para eventuais fraudadores.
MANDOU SUPERBEM
Repercutiu positivamente a defesa pública do vereador Anderson Moratório (PDT), presidente da Câmara, sobre a ex-vereadora Eliene Soares (Solidariedade), que foi atacada pela adjunta da Secretaria da Mulher (Semmu), Vanessa Michele Moitinho, em um blá-blá-blá pra boi dormir. Durante controversa participação na audiência da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a adjunta criticou a Casa de Leis por, segundo ela, propor ações que, em seu entendimento, não vão ao encontro dos anseios da população.
CRÍTICA EM MASSA
Em uma rara utilização de seus dez minutos da tribuna, Moratório enalteceu o trabalho de Eliene Soares, que foi mencionada de forma subliminar pela adjunta da Semmu. A ex-vereadora foi, por cinco anos consecutivos, a que mais produziu na Casa de Leis, deixando legados como a destinação de 5% das moradias populares custeadas pelo município para mulheres vítimas de violência. Anderson Moratório relembrou a proposição de Eliene, e nas redes sociais o fã-clube da vereadora foi ao delírio e elogiou o presidente da Casa. Outros vereadores também criticaram e rebateram Vanessa Moitinho.
ENTREVISTA NO RÁDIO
O prefeito Aurélio Goiano usou os microfones da Rádio Correio FM para contar muitas histórias que o parauapebense não acredita mais. Usou grande parte do tempo de uma entrevista que concedeu para chorar pitangas e usar dados confusos, controversos e que não condizem com a realidade. Disse que não colocou nem 500 pessoas na prefeitura e ainda soltou que 69% dos nomes que estão na folha de pagamento do município são concursados. Também disse que nunca falou mal do governador Helder Barbalho. Acredite quem quiser!
ATAQUE A SERVIDORES
O prefeito deixou em estado de alerta servidores públicos efetivos, dando e entender que pode editar medidas para cortar gratificações que ele mesmo defendia, lá atrás, quando era vereador. Depois da repercussão altamente negativa da entrevista, rapidamente Aurélio Goiano passou a ser alvo de críticas nas redes sociais, indispondo-se mais uma vez com o funcionalismo, que o olha com desconfiança pelas medidas sem fundamento e pelas perseguições protagonizadas em seu governo.
MAQUIVALDA EM AÇÃO
A vereadora Maquivalda (PDT) é destaque nos quatro cantos da cidade. Seu trabalho de fiscalização, sem gritaria e sem baixarias, feito por uma equipe multiprofissional competente, é sempre alvo de elogios por onde ela passa. Além da atuação legislativa de destaque, a parlamentar também tem ganhado notoriedade pelas ações populares que ingressa na Justiça contra indícios de corrupção e de improbidade administrativa da atual gestão. A frase “Chame a Maq” virou uma espécie de mantra e é a mais referida pela população quando esta quer denunciar algo. Parabéns à vereadora!