Presidente da Câmara de Marabá cobra serviços de oncologia e de hemodiálise

No final do governo passado, o Estado chegou a publicar no Diário Oficial convênio para a oncologia, além de inaugurar ala de hemodiálise no HR. Nada, porém, aconteceu!

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A sessão desta terça-feira, 6, marcou o início dos trabalhos do segundo semestre deste ano, na Câmara Municipal de Marabá. Na ocasião, o presidente da Casa, vereador Pedro Correa Lima (PTB), da tribuna, fez duas importantes cobranças ao Governo do Estado. Ambas dizem respeito à saúde da população e é urgente que sejam atendidas pela administração estadual: tratamento oncológico e funcionamento da ala de hemodiálise do Hospital Regional Público do Sudeste “Dr. Geraldo Veloso”.

Pedrinho Correa, como é popularmente conhecido, disse que a população há muito vem esperando o tratamento oncológico em Marabá, ouvindo promessas e compromissos que nunca se concretizaram.

Ele apelou à 11ª Regional de Saúde da Sespa e à Secretara Regional de Governo para que a questão seja olhada com carinho. “No final do ano passado, o governo anterior chegou a publicar no Diário Oficial do Estado um convênio para iniciar serviço de oncologia. Infelizmente, não aconteceu”, lamentou o presidente da Câmara marabaense.

O vereador-presidente lembrou ainda que, em 2006, quando o Hospital Regional foi inaugurado, ele, então secretário de Saúde de Marabá, já cobrava do governo estadual o tratamento oncológico em Marabá, assim como a implantação do serviço de hemodinâmica e hemodiálise na nova casa de saúde pública.

Pedrinho também lembrou que, em dezembro do ano passado, esteve presente à inauguração da ala de hemodiálise do Hospital Regional, que conta com 20 máquinas. Na oportunidade, foi informado de que a única pendência para que os equipamentos funcionassem era fazer ajustes na parte elétrica do prédio em que a ala está instalada.

Havia necessidade da instalação de um gerador de energia que suportasse as 20 máquinas funcionando, o que, pelos cálculos de Pedrinho, conforme sua experiência no serviço público, levaria de 60 a 90 dias para ser solucionado. Mas, a realidade é outra.

“Pasmem, até hoje, agosto de 2019, o serviço de hemodiálise não está funcionando Já se passaram oito meses e as 20 máquinas estão paradas”, bradou Pedrinho, salientando que há uma fila de 250 pacientes esperando por uma máquina dessas. “Quem passa por esse sofrimento sabe da importância desse serviço”, disse, acrescentando: “Houve algumas reuniões com o atual governo e continuamos aguardando. Enquanto isso, muitas e muitas pessoas vêm padecendo no nosso município de Marabá”.

Em aparte, a vereadora Cristina Mutran (MDB), que é médica, disse que o tratamento oncológico é um clamor não só da Câmara quanto da população e lembrou que o assunto já foi levado ao conhecimento do governador Helder Barbalho (MDB), mas, nada ainda aconteceu: “Por ocasião do Governo Itinerante, nos reunimos com o governador, cobrando. E parecia que iria acontecer, mas, até agora, todos estão muito calados”, lamentou. 

Também em aparte, o vereador Gilson Dias Cardoso (PC do B), protestou com veemência: “Não podemos ficar esperando que morram um, dois, três para tomar as providências. O Estado está nos devendo e continua nos devendo. Quantas senhoras, sangrando, me procuram, desesperadas?”, relatou, criticando: ” Estão brincando de fazer saúde neste Estado”.

Ao final de sua fala, para que esta não fosse interpretada com ataque político, Pedrinho Correa disse que cobra do Governo do Estado independentemente de bandeira política: “O nosso compromisso maior é com Marabá. A nossa bandeira é o povo de Marabá”.

Sespa silencia

A Reportagem do Blog do Zedudu tentou ouvir a Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública), mas sem sucesso. Em que pese todo o esforço da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Secretaria Regional de Governo – para a qual foram encaminhados, no final da manhã de hoje, os questionamentos sobre a oncologia e a respeito da hemodiálise -, que, por seu turno, encaminhou à Ascom da Sespa, pedindo urgência na resposta, a Secretaria de Saúde do Pará nada respondeu.              

Por Eleuterio Gomes – de Marabá