É preciso ações mais efetivas para se ter sensação de segurança?

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imageParabéns ao delegado Rodrigo Paggi (foto) e demais funcionários da 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, à Polícia Militar, ao Detran em Parauapebas, e demais órgãos de segurança do município pela brilhante operação de prevenção ao crime ocorrida no último fim de semana e que colheu bons resultados.

No final da semana passada foi publicado aqui que a Defensoria Pública de Parauapebas entrou com uma Ação Civil Pública pedindo providências do governo Simão Jatene em relação a área de segurança em Parauapebas, tais como o aumento do efetivo e aparatos policiais. O pedido foi deferido pela juíza.

imageEm recente bate papo com uma autoridade da segurança estadual me foi dito que apenas o aumento do aparato policial não resolverá os problemas da área em Parauapebas. Segundo ele, seriam ações como essas do último fim de semana que farão com que o município volte a ter a sensação de segurança. “É preciso que os órgão de segurança e a sociedade civil organizada se unam com ações de prevenção para que a sensação de segurança retorne ao seio da população”, disse o interlocutor, que preferiu o anonimato.

imagePara ele, atitudes como o monitoramento, eletrônico que já vem sendo feito em Parauapebas deveriam ter outros desdobramentos e vinculadas a um grupo de investigação das polícias civil e militar criado apenas para esse fim, além da construção das barreiras eletrônicas nos pontos de acessos ao município; a instalação de uma delegacia exclusiva para investigar os homicídios e pelo menos outras duas delegacias nos bairros; operações como as blitzes no período noturno em bares e ruas mais movimentadas; o cadastramento de quem entra e sai de Parauapebas via Estrada de Ferro Carajás e a criação da Guarda Municipal, entre outras, fariam com que a criminalidade diminuísse gradativamente até que chegue a um patamar aceitável.

“É claro que a segurança pública é função do Estado, todavia, Parauapebas é um município rico e essas ações podem e devem ser bancadas pelo município, assim, quem ganha é a sociedade”,  disse o interlocutor, ratificando que o aumento do efetivo, solitariamente, trará pouco resultado.

E você, leitor, o que pensa sobre esse assunto?

5 comentários em “É preciso ações mais efetivas para se ter sensação de segurança?

  1. Anônimo Responder

    Como sempre o Estado querendo jogar sua responsabilidade para a Prefeitura.
    Cabe uma pergunta quantos milhões os Governos Ana Julia e Simão Jatene investirão em Parauapebas nos quase 8 anos de seus mandatos e quantos os mesmos investiram em Marabá?
    Certamente a diferença é desproporcional ao tamanho da população dos dois municipios.

  2. Silvia Junqueira Responder

    Numa sociedade capitalista as pessoas correm em busca do dinheiro (des)necessário para suprir suas necessidades de consumo e passam para escola o papel que, de direito, lhes pertence: educar seus filhos para integrá-los a sociedade. Não se deve fechar os olhos para o papel social da escola, para a sua influência na vida do homem e na construção do meio social, pois a mesma deve estar contextualizada com a realidade. O que não se pode, porém, é atribuir a ela o papel que é exclusivamente da família e do Estado. Educar é algo mais complexo do que ensinar a ler, a escrever e a contar. Na escola até se ensinam regras, mas a cumprir regras é papel da família. O papel da escola é aprimorar os conhecimentos e as regras que o aluno traz, organizá-las e sistematizá-las de forma que o aluno perceba a necessidade e o sentido das mesmas. Gerar e fiscalizar o cumprimento delas é papel da família e da sociedade. A escola pode e deve ensinar aos alunos as regras básicas de higiene corporal, mas é papel da família fornecer aos mesmos os produtos diários de limpeza. Se o aluno em casa toma banho, veste uma roupinha limpa e sai pra escola perfumado, dificilmente chegará na escola mal-cheiroso. Assim, também, o aluno que tem regras e exemplos de boas maneiras em casa, as usará na escola ou em qualquer outro meio em que esteja. Não adianta por a culpa na escola se a sociedade anda mal. A falha não está só na escola. Nenhuma árvore permanecerá frondosa e dará bons frutos se suas raízes estiverem podres, corrompidas. Pois suas raízes sempre serão sua sustentação e o único meio de captação de alimentos. Assim como as árvores se apoiam nas suas raízes, os filhos devem ter na família a base, o apoio, o exemplo e a segurança que precisam. Cuidemos e eduquemos nossos filhos para que a polícia não os eduquem!

  3. Clicia Responder

    Precisamos juntar executivo, judiciário e a sociedade civil organizada se quisermos que Parauapebas se torne uma cidade boa para nossos filhos. Sem estrelismos nem política no meio.

  4. Gildasio Responder

    Em primeiro lugar, sabemos que a violência epidêmica é uma realidade objetiva no nosso país (27,1 assassinatos para cada 100 mil pessoas em 2011), que a criminalidade vem aumentando anualmente (20% da população sofreu ataques criminosos nos últimos doze meses, conforme pesquisa da Secretaria Nacional da Segurança Pública/Datafolha), que o Brasil é o 16º país mais violento do mundo, que a América Latina e a África são as duas regiões mais violentas do planeta, que a política preventiva no Brasil é praticamente inexistente e totalmente ineficaz, porque as taxas delitivas só estão aumentando, que a Justiça é morosa, que a quantidade de leis penais é exorbitante etc.

    Em segundo lugar, no que diz respeito ao saber socrático (“Só sei que nada sei”), sabemos que nada sabemos (por exemplo) sobre a sugestão central da política preventiva de Beccaria (1764, Dos delitos e das penas), de que as penas deveriam ser suaves, justas, rápidas e certas (infalíveis). Isso nunca foi experimentado (sistematicamente jamais) no Brasil.

    Em terceiro lugar, os legisladores brasileiros assim como a criminologia populista-midiática-vingativa (veja nosso livro Populismo penal midiático: Saraiva, 2013) acham que sabem, mas nada sabem sobre o real efeito preventivo (a) da edição de novas leis penais e do agravamento das sanções ou da execução penal assim como do (b) encarceramento massivo abusivo, que inclui a prisão das classes tidas como perigosas, mesmo sem o cometimento de crimes violentos. Aliás, são esses os dois eixos (o núcleo duro) da política “preventiva” da criminalidade no Brasil. Mas com essa política “de mão dura” a criminalidade nunca reduziu. Ao contrário, só está aumentando.

    Em quarto e último lugar, há uma infinidade de coisas que os outros sabem, que o mundo civilizado sabe e que muita gente (dos países mais atrasados) não quer saber. Nos países de capitalismo avançado e distributivo (Dinamarca, Suécia, Suíça, Noruega, Finlândia, Canadá, Japão, Coréia do Sul, Alemanha, Áustria etc.) eles sabem muito bem, por exemplo, que existe relação direta entre IDH, desigualdades e homicídios. Disso as classes burguesas dominantes do capitalismo retrógrado e absurdamente desigual (como é o caso do capitalismo liberal verde-amarelo) não querem saber (não lhes interessa saber). Estamos no campo da cegueira deliberada.

  5. Anônimo Responder

    Se houvesse um prefeito com visão politica, poderia sim contribuir significantemente com a nossa segurança. Cobrar do governo estadual mais policiais, isso não resolverá, nem mesmo refletirá algum resultado. MAS se tivéssemos um código de conduta na cidade, parte do problema seria resolvido, tais como:

    FECHAMENTO DE BARES, BOTECOS APÓS AS 23H TODOS OS DIAS!

    O problema está ai, faz-se uma ação apenas por duas semanas depois volta tudo de novo, não há uma continuidade. Não existe um órgão fiscalizador para fechar qualquer tipo de boteco que não esteja com suas licenças e alvarás, tudo se resolve com o jeitinho brasileiro, a exemplo as tais boates que foram fechadas semanas atras já estão funcionando, por que? porque alguém que é amigo do vereador, que amigo do fulaninho que trabalha na prefeitura, que é amiguinho sei lá de quem, ou seja, aqui tem muita dessa coisinha de ser amigo para resolver questões legais. Essas mesmas boates NÃO TEM documentação legal para funcionar, está tudo abafado, camuflado, ou seja alguém está enchendo os bolsos…

    Aqui na cidade se um vanzeiro bater no teu carro, você não tem como reclamar, primeiro porque você é ameaçado por esses indivíduos que só andam armados, isso é uma orientação da própria cooperativa, pode uma coisa dessas?

    O que mais vemos são três indivíduos em cima de uma moto, sem o minimo de preocupação e os agentes da Dmtt, tem medo de impor sua autoridade.

    Os policiais da PM, são em sua maioria idosos que estão esperando a hora de se aposentar, são despreparados, vivem de bicos em hotéis, farmácias, casas noturnas, supermercados e segurança particular do prefeito.

    A delegacia de policia civil, o cidadão tem até medo de se aproximar pois somos tratados com descasos e desrespeitos.

    Enfim, tudo isso contribui efetivamente com a violência na cidade, é por essa razão que a cidade não tem uma identidade cultural, entra prefeito e sai prefeito, que só preocupa com o EGO…e não temos orgulho da cidade, é lamentável.

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