PF e Ibama fecham garimpo que poluía Rio Novo, em Curionópolis

A operação combate o avanço dos garimpos e revelam grave risco ambiental e energético

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A Polícia Federal e Ibama flagraram garimpo que trazia risco à linha de transmissão de Belo Monte, nesta segunda-feira (25/07). O novo ponto de garimpo ilegal foi encontrado no Rio Novo, em Curionópolis, em região que já foi alvo de outras operações recentes da PF.

No local, foram apreendidas duas escavadeiras, dois motores estacionários e dois mil litros de combustível. Pela impossibilidade de remoção, todos os itens foram inutilizados. O prejuízo total do crime, na ação, é de quase R$ 2,6 milhões.

O combate aos garimpos ilegais na região é tema constante de atuação da Polícia Federal. As operações atuais são desdobramentos de outras recentes. Em novembro do ano passado foi deflagrada a operação Curto-circuito, por conta da ameaça ao outro linhão de 800kva de Belo Monte. Em fevereiro deste ano, a PF voltou a reprimir estes crimes, dessa vez em pontos próximos a outro linhão, o Xingu-Rio. Nessa operação, foi feito bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões.

As linhas de transmissão da Usina Belo Monte passam por quatro Estados (PA, TO, GO e MG), abastecendo o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia elétrica para todo Brasil. O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país.

O local flagrado nesta segunda-feira fica próximo a pontos que foram alvo da operação Rio Novo, deflagrada em junho deste ano. Na ocasião, Polícia Federal, Ibama e ICMBio cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em quatro operações simultâneas na região.

O garimpo nas margens do rio é responsável pela poluição dos afluentes do rio que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio. O Rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás.

Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros.

As investigações seguem em andamento.

(Fonte: PF/Marabá)

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