Passarinho critica nota da Arquidiocese de Belém sobre presença de Bolsonaro no Círio

“Presidente não fez um único gesto para se aproveitar politicamente do evento”
A Procissão do Círio Fluvial é uma dos eventos do Círio de Nazaré, em Belém do Pará

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Brasília – Em nota publicada há pouco nas suas redes sociais, o deputado e líder da Frente Parlamentar Católica na Câmara dos Deputados, Joaquim Passarinho (PL-PA), reeleito no último domingo (2) com expressiva votação para o 3º mandato federal, lamenta o teor da nota à imprensa da Arquidiocese de Belém — organizadora do Círio de Nª Sª de Nazaré, na capital do Pará, sobre o suposto “uso político” da procissão com interesse político, num recado subliminar, à presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), na procissão fluvial, uma das nove programadas no calendário do Círio de Nazaré, após hiato de dois anos, em razão da pandemia da Covid-19.

Leia a nota da Arquidiocese Metropolitana de Belém.

O Círio de Nazaré é um evento da Igreja Católica, sob a responsabilidade da Arquidiocese de Belém, com todas as atividades que lhe são características.

Tomamos conhecimento da presença do senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Corveta da Marinha Garnier Sampaio durante a Romaria Fluvial.

Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da Arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal. Entretanto reconhecemos ser responsabilidade da Marinha do Brasil o acesso à referida embarcação.

Comunicamos ainda que cabe ao Arcebispo de Belém a condução da Imagem Peregrina em todas as etapas de embarque e desembarque do Garnier Sampaio.

Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio.

Desejamos a todos os participantes um Feliz Círio a ser celebrado em clima de paz e serenidade.

Dom Alberto Taveira Corrêa

Arcebispo Metropolitano de Belém

A nota foi explorada politicamente pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), que chamou de tentativa de Bolsonaro de usar a festa religiosa como palanque político.

“Recebi com profundíssima indignação a tentativa do uso político da maior demonstração de fé do povo paraense. A fé não pode ser sequestrada por uma candidatura à Presidência. Aliás, de um candidato que sequer é católico”, afirmou, apesar de Bolsonaro se declarar católico.

Há três semanas, no palanque do comício do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Belém, o prefeito convidou o postulante à Presidência e sua esposa, para a procissão do Círio, a ser realizada no domingo (9). Aproveitou e declarou que o Círio de Nazaré não pertence à Igreja Católica, “é de todo mundo”, garantiu.

A Arquidiocese de Belém ficou furiosa e soltou uma nota enquadrando o prefeito que, em tréplica, também através de nota, disse que foi mal interpretado.

A reportagem ouviu o deputado Joaquim Passarinho que disse que o presidente Bolsonaro não fez nenhum gesto político ao longo do trajeto da procissão fluvial.

A romaria fluvial reuniu centenas de embarcações e saiu de um Porto localizado na periferia de Belém. Na chegada, na escadinha do cais da Estação das Docas, antiga área portuária da capital paraense, o comandante do navio da Marinha, pela primeira vez, foi quem entregou a Imagem Peregrina de Nazaré ao arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa.

A imagem sagrada pelos paraenses foi conduzida pelo prefeito em revista à tropa das Forças Armadas, seguindo o protocolo de honraria de chefe de Estado. Bolsonaro só desceu do navio da Marinha, após o término da cerimônia e foi embora sem falar com a imprensa.

Joaquim Passarinho é vice-Líder do Governo na Câmara dos Deputados e homem de confiança do presidente sobre Amazônia e Empreendedorismo.

Passarinho disse a reportagem que: “lamenta a postura equivocada da Arquidiocese”. O deputado enviou uma nota sobre o assunto replicada nas suas redes sociais.

Chegada da imagem da padroeira dos paraense na escadinha do cais da Estação das Docas, área portuária da capital paraense, no centro comercial da cidade

“Obrigado Presidente”
Queria agradecer a forma honrosa e respeitosa como se comportou o Presidente Bolsonaro em sua passagem por Belém, como católico que é, apesar do convite de várias Igrejas para sua conversão, acompanhou o Cirio Fluvial a bordo do navio da Marinha, SEM interferir em nenhum momento da procissão e SEM tentar aparecer ou ‘tirar proveito’ da ocasião.

Portou-se com dignidade, vendo e ouvindo coisas boas e infelizmente manifestações desnecessárias, como a manifestação da Arquidiocese de Belém.

Obrigado Presidente por ser manter Católico e acreditar que existe um Deus maior.
Que Nª Sª de Nazaré abençoe e guie seus caminhos e os caminhos do nosso Brasil.

Joaquim Passarinho
Deputado Federal (PL-PA)

“Nada, nenhuma manifestação oportunista foi feita. O presidente é meu amigo e estava emocionado. É católico e percebi que ele deve ter sentido na sua alma, o milagre da presença da nossa mãe espiritual, a mãe de todos os católicos”, disse por telefone, Joaquim Passarinho.

Prefeito convida e presenteia Lula com imagem de Santa, para Círio em Belém, durante comício do petista

Quem é Edmilson Rodrigues
Edmilson Rodrigues é um político ultra esquerdista, afeito aos holofotes desde quando, ainda professor, num protesto em frente ao prédio da Prefeitura de Belém, que hoje administra, tentou arrancar com os dentes, o dedo de um oficial militar da PM paraense que comandava um destacamento para conter a ameaça de grevistas que ameaçavam “tocar o terror” e destruir o patrimônio público do local. Vários vândalos foram presos, inclusive o próprio Rodrigues.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

3 comentários em “Passarinho critica nota da Arquidiocese de Belém sobre presença de Bolsonaro no Círio

  1. Rafael Lima Responder

    Estive no Círio esse ano, e quem fez uso político foi Lula através dos artistas globais: Durante a transladação Janja estava dançando enquanto Fafa de Belém cantava. Helder, o qual declarou apoio a Lula acenou do palco e Padre Fábio de Melo teceu comentários sobre a pandemia com viés político.

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