Parauapebas tem melhor junho desde 2013 e segue entre líderes do emprego no Brasil

Mesmo sem a prometida “oportunidade” alardeada em campanha pelo prefeito Darci, município revigora com empresários visionários que estão investindo em novos negócios. Juntos, os novos empregos vão injetar na praça R$ 96,34 milhões em massa salarial.

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Não. Não é a Prefeitura de Parauapebas — muito menos Darci Lermen, o “prefeito da oportunidade” — quem está abrindo oportunidades no município. São os visionários que, mesmo diante da inércia do poder público municipal, ainda apostam no desenvolvimento econômico da “Capital Nacional do Minério de Ferro”.

Ontem (25), o Ministério da Economia liberou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de junho, e o Blog do Zé Dudu constatou que Parauapebas, além de ter sido o município que mais criou empregos no Pará, também está entre as 30 principais mecas de vagas com carteira assinada no Brasil. Os responsáveis são empresas privadas, principalmente do ramo supermercadista.

Parauapebas criou 492 empregos com carteira assinada em junho e, no acumulado do ano, 2.360 vagas formais. No período de 12 meses fechados, o resultado é ainda mais espetacular: 3.921 postos de trabalho líquidos. No primeiro semestre, Parauapebas foi o 28º município que mais criou empregos formais no Brasil, conforme levantou o Blog. É o melhor resultado da Região Norte.

No primeiro semestre deste ano, as empresas com sede ou filial em Parauapebas contrataram 12.360 trabalhadores e demitiram exatos 10.000. Depois de Belém, Parauapebas é a localidade paraense com a maior movimentação em carteiras de trabalho registrada pelo Caged. Nem Ananindeua, Santarém ou Marabá, que são mais populosos e com mais empresas, arregimentaram tanta gente nos RHs do estado no período.

Ganhos para o município

O Blog do Zé Dudu calculou o impacto do saldo positivo de empregos para Parauapebas. As 2.360 vagas com carteira assinada do semestre vão injetar no comércio local R$ 96,34 milhões durante um ano, montante significativo diante dos tempos difíceis por que vinha passando o município. Até hoje, e vergonhosamente, tudo no município gira em torno da prefeitura local e da mineradora multinacional Vale, esta a qual sustenta, direta e indiretamente, aquela, por meio dos royalties que paga como forma de compensação financeira pela extração de recursos minerais no território. A prefeitura embolsa milhões por ano em royalties, mas não tem capacidade de investir na diversificação econômica e na geração de empregos.

Entre os setores econômicos, o de serviços sozinho, responsável por 1.421 novas vagas, adiciona ao mercado consumidor R$ 43,77 milhões em massa salarial, enquanto a construção civil, que registrou 787 novos postos de trabalho, contribuiu com R$ 27,47 milhões em salários. Por outro lado, a indústria da transformação fechou 59 empregos formais em Parauapebas, mas foi a indústria mineral quem causou maior impacto financeiro negativo, com retração de R$ 2,17 milhões em massa salarial.