Arte e inclusão foram os ingredientes principais da formatura de 120 pessoas no curso de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), realizada na última sexta-feira, 27, no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP). O curso, que é aberto a educadores, famílias dos deficientes auditivos e sociedade em geral, tem o objetivo de integrar o aluno surdo à sociedade.
A formação em Libras é uma ação da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), por meio do Núcleo de Apoio Psicossocial e Pedagógico (NAPP), que converge leis em construção de espaços sociais das pessoas com deficiência auditiva.
De acordo com Marcos Frazão, coordenador do NAPP, a inclusão antes de um direito legal é um direito social e humano. “A oferta do curso de Libras tem como principal objetivo formar multiplicadores que desejam torna nossa sociedade mais justa e igualitária, com oportunidades para todos. Tornando acessível a cidadania”, ressalta.
Este ano participaram do curso mais de 120 pessoas, que estarão atuando em diferentes instituições, promovendo a inclusão de pessoas surdas. “Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, sintaxe e semântica”, disse Eleni Wakemaker, instrutora do urso.
Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinético-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação.
“Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação – locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa Língua”, disse a instrutora Jucicleide Mota. Ainda segundo a instrutora, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. “Como qualquer língua, também existem diferenças regionais, portanto, deve-se ter atenção às variações praticadas em cada unidade da Federação”, enfatiza.
Apresentações de teatro dos alunos surdos da 1ª série da escola Chico Mendes; encenações das músicas “Epitáfio”, “Como Zaquel”, “É preciso saber viver”, dentre outras, marcaram a formatura.
Fonte: SEMED
3 comentários em “Parauapebas: formatura em língua brasileira de sinais com arte e inclusão social para centenas de pessoas”
feio
oi apoi a ideia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sou mãe de uma surda de dezessete anos, e achei importante a iniciativa da SEMED/NAPP. Somos recém-chegados, aqui em Marabá e aproveito a oportunidade para perguntar: primeiro, quando abrirá novas inscrições para o curso aqui em Marabá. Segundo, se existe uma associação de surdos aqui em Marabá para minha filha travar novos conhecimentos.
Grata,
Eliana