Pará reduz desmatamento em 90% e embarga área equivalente a três mil campos de futebol

Os dados, da 8ª fase da Operação “Amazônia Viva”, foram divulgados, nesta segunda-feira (1º), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com base nas informações geradas pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

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Em balanço divulgado ontem (1º), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) mostrou que o Pará conseguiu reduzir em 90% o desmatamento no mês de janeiro deste ano, em comparativo a 2020. O balanço, que fecha a 8ª fase da Operação “Amazônia Viva, teve como base os dados gerados pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A Semas destaca que oitava fase da operação foi encerrada no final do mês de janeiro. Do dia 13 ao dia 30, as equipes da Força Estadual de Combate ao Desmatamento, formadas por policiais civis e militares, bombeiros, peritos e fiscais da Semas, estiveram em ação em nove municípios: Senador José Porfírio, Anapú, Santarém, Distrito de Moraes de Almeida, São Félix do Xingu, Pacajá, Altamira, Novo Progresso e Portel.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O´de Almeida, ressalta que todos os meses as equipes estão em campo, atuando no combate aos crimes ambientais. “Nós estamos mantendo as equipes em campo todos os meses, sempre reformulando estratégias e analisando o comportamento dos desmatadores. Dessa maneira, conseguimos manter uma presença constante do estado nos locais mais vulneráveis aos crimes ambientais”, frisa O´de Almeida.

Segundo a Semas, somando com os dados da oitava fase, a área total embargada e colocada sobre proteção equivale a 3.161 hectares, o que corresponde ao tamanho de mais de três mil campos de futebol. Os fiscais também flagraram cinco garimpos clandestinos.

Entre as apreensões estão: 40 m³ de madeira, seis veículos, 13 motosserras, três geradores e nove motores usados nos garimpos. Além disso, foram feitas seis ocorrências pela Polícia Civil e duas pessoas presas em fragrante.

De acordo com a secretaria, contabilizando os dados totais das operações, a “Amazônia Viva” já colocou sob proteção mais de 137 mil hectares de terra, o que equivale a uma área maior que a cidade de Belém. Também apreendeu mais de seis mil m³ de madeira extraída de forma ilegal, 187 motosserras que eram utilizadas na derrubada de árvores, 60 tratores/carregadeiras/escavadeiras que eram usados no desmatamento ilegal, 87 armas de fogo e 313 munições.

Foram também destruídos 58 acampamentos usados pelos desmatadores para se abrigar e 44 garimpos ilegais foram interditados. Na avaliação de Mauro O’ de Almeida, os resultados positivos estão sendo possíveis por causa da visão ampla e estratégica que o Governo do Pará tem mantido, com a criação do “Plano Amazônia Agora”.

“Nós estamos mantendo as fiscalizações da Operação Amazônia Viva mensalmente, baseadas nas nossas análises constantes dos alertas de desmatamento, mas também estamos propondo soluções de desenvolvimento socioambiental com o Territórios Sustentáveis e o Regulariza Pará, que são outros eixos do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). Dessa maneira, pretendemos alcançar o objetivo de preservar a floresta e garantir desenvolvimento social e econômico para a população”, enfatiza.

A Operação Amazônia Viva faz parte do eixo de Comando e Controle, do Plano Estadual Amazônia Agora, coordenado pela Semas. A macroestratégia do Governo do Pará tem o objetivo de conservar a floresta, aliada ao desenvolvimento social e econômico no campo.

Entre as metas do plano, está a redução na emissão de gases do efeito estufa, para alcançar, até 2036, o patamar de emissão líquida zero. Para isso, o plano tem quatro pilares: Regulariza Pará (regularização fundiária e ambiental), Territórios Sustentáveis (apoio e fomento aos produtores rurais, além da recuperação de áreas degradas), Fundo Amazônia Oriental (fundo de captação de recursos para os projetos do PEAA) e Comando e Controle (Combate aos crimes ambientais com a Força Estadual de Combate ao Desmatamento).

(Tina DeBord- com informações da Agência Pará)