Novela do aterro de Parauapebas tem “final feliz” de R$ 3,5 milhões para prefeitura

Empresa que topou pegar “parada” ofereceu 41% menos que orçamento inicialmente previsto. Marcada por babado e confusão, licitação é uma “bucha” a menos para prefeito Darci Lermen.

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Demorou, mas o enredo de babado, gritaria de interessadas e confusão, está chegando ao fim. Umas das licitações mais enroladas da Prefeitura de Parauapebas em 2020 teve o vencedor anunciado nesta segunda-feira (25) e garantiu uma economia estimada em R$ 3,5 milhões para os cofres administrados pelo prefeito Darci Lermen. A gestão do aterro sanitário municipal, que o governo local tentou passar adiante, foi orçada inicialmente em R$ 11,46 milhões, mas a empresa Alves Dias Serviços Eirelli topou encarar a empreitada por R$ 7,874 milhões, fazendo a segunda prefeitura mais rica do Pará economizar 41%.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu. A Alves Dias disputava a gestão do aterro sanitário com as empresas FFX, TSC e Globallox. A FFX se predispôs a administrar o contrato de gestão por R$ 8,269 milhões, enquanto a TSC não o faria por menos de R$ 8,523 milhões. Já a Globallox só toparia o desafio por não menos que R$ 8,696 milhões. As três concorrentes não deram conta de “peitar” o preço agressivo da Alves Dias, que certamente terá muito trabalho à vista.

A vencedora da concorrência organizada pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb) agora terá como desafio garantir a execução dos serviços de supervisão, gerenciamento, operação e manutenção do aterro, ação importante para o atual momento do município, que desenvolve obras de saneamento básico via Programa de Saneamento Ambiental (Prosap).

A operação do aterro é necessária e urgente porque a Prefeitura de Parauapebas e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) já assinaram dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para o destino final dos resíduos sólidos do município. As obras em andamento e a serem executadas têm a finalidade de atender as exigências desses documentos. A capital do minério produz hoje aproximadamente 13 mil toneladas por mês de resíduos sólidos, sendo 4.500 delas de resíduos não inertes, como os orgânicos (restos de comida e de madeira, por exemplo), e 8.500 de resíduos inertes, como entulhos e sucatas de ferro.

A licitação demorou tanto por conta de interposição de recurso, pedidos de esclarecimentos sobre pontos do edital, tentativas de impugnação, paralisação do processo devido à pandemia de coronavírus e até por falta de informação no edital. O final feliz dessa novela é, no frigir dos vos, menos uma “bucha” com a qual o prefeito Darci vai lidar.