Novas pontes no Rio Tocantins vão custar R$ 4,1 bilhões

O projeto tem previsão de acontecer em cinco anos corridos e até 1.600 pessoas devem ser contratadas no pico da obra, ano que vem
Ponte rodoferroviária do Rio Tocantins ganhará mais duas pontes a 300 metros de distância

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Representantes da mineradora Vale apresentaram o projeto de construção de duas novas pontes sobre o Rio Tocantins em Marabá, durante audiência na Comissão Especial de Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal de Marabá (CMM). O projeto está estimado em US$ 830 milhões (R$ 4,1 bilhões).

Segundo os representantes da mineradora, o primeiro pacote de obras do projeto das novas pontes engloba serviços preliminares como canteiro, supressão vegetal e terraplanagem realizados antes das obras de construção.

A Aterpa, empresa que fará a obra, está em fase inicial de mobilização e deve começar as atividades em agosto.

Serão contratadas cerca de 400 pessoas no pico de obras durante a primeira fase (em novembro deste ano) e 1600 pessoas no pico das obras de construção ao final do segundo ano do projeto.

Conforme o que foi repassado pela Vale, uma das premissas para contratação é a priorização da mão de obra local em articulação com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), assim como a aproximação com a Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM) para o fomento da contração de fornecedores da região.

Segundo as informações que foram prestadas pela mineradora durante audiência com a Comissão Especial de Desenvolvimento Econômico, o projeto consiste na construção de duas pontes, uma rodoviária e outra ferroviária, cada uma com 2,365 km de extensão.

Os números apresentados pela mineradora, em Marabá, indicam que serão empregados na obra de arte 24,1 mil toneladas de estrutura metálica; 2,5 mil toneladas de camisa metálica; e 61,2 mil metros cúbicos de concreto.

As construções ampliarão tanto a capacidade de transporte de minério e outras cargas como desafogarão também o trânsito rodoviário na ponte existente. A obra de arte também vai contribuir com travessia segura de pedestres.

De acordo com Paulo Carreiro, gerente de Engenharia da Vale, o projeto foi dimensionado, certificado e passou por outras análises, inclusive o estudo de navegabilidade, com simulação realizada com 35 sequências.

A Vale informou também que já dispõe da licença ambiental e está desenvolvendo os programas de indenização/ arrendamento e acompanhamento social socioeconômico, Educação Ambiental, Apoio às Comunidades Tradicionais, Afugentamento e Salvamento da Fauna e Monitoramento de fauna e bioindicadores.