Natação do Clube do Remo estuda o retorno das atividades para os atletas azulinos

Os diretores do Leão Azul começaram a elaborar um protocolo de segurança

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A natação do Clube do Remo segue com as piscinas vazias em tempos de pandemia do novo coronavírus, totalizando 80 dias sem nenhuma atividade dentro de uma das equipes mais vitoriosas do norte e nordeste do Brasil, na modalidade aquática. Na temporada passada, os atletas azulinos fecharam o ano conquistando o título geral do Campeonato Paraense, quando foram melhores disputando diante da Adesef e Tuna Luso. A situação das piscinas vazias é uma coisa atípica dentro do Leão Azul.

“É uma coisa que eu nunca vi. Ver a piscina do Clube do Remo sem ninguém é uma coisa que até dar uma dor no coração, porque nunca vi a piscina dessa forma. Nós estamos tentando buscar orientações internacionais, nacionais, para que possamos fazer esse retorno com toda a segurança possível. Tenho fé que logo, em um futuro próximo, a gente retorne mesmo que seja aos poucos, mas que a gente vai retornar para que isso volte a ser o que era”, afirmou Mônica Rezende, diretora de natação do Clube do Remo e ex-atleta do Leão Azul.

Neste último sábado (06/06) ocorreu a sanitização na sede social do Clube do Remo, espaço que funciona a natação azulina, onde a direção do clube está tomando os devidos cuidados para um possível retorno das atividades. Os diretores do Leão Azul já começaram a elaborar um protocolo de segurança visando a volta dos treinamentos na semana que vem, planejando um retorno no dia 15 junho.

“Nos Estados Unidos foi lançada uma norma de volta as piscinas e essa norma, também, a Federação Paulista de Natação relançou com base nessa dos Estados Unidos, e nós temos em nossas mãos para seguir e nos assegurar que esse retorno seja o mais tranquilo possível para todos. Nessa logística toda envolve também os professores. Nós temos que saber como vai ser esse contato com os alunos. Vários países já houve o retorno da natação para os atletas e tudo isso a gente está observando, está tentando fazer com que isso caiba aqui dentro com todas essas dificuldades, mas com todos esses cuidados para que todo mundo faça o esporte de forma segura”, disse Mônica Rezende.

Mônica Rezende é ex-atleta de natação do Clube do Remo, inclusive a paraense representou o estado e o Brasil, nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Com sua vasta experiência em ter quebrado o recorde mundial no nado livre e ter conquistado diversos títulos, em 20 anos de carreira como atleta, Mônica acredita que os nadadores terão dificuldades de retornar as piscinas, já que acabaram perdendo o ritmo, devido ao bom tempo que estão parados.

“Um dia sem cair na água, é uma diferença estupida porque a gente perde a sensibilidade com a água, imagina 80 dias, é uma perda muito grande para um atleta de natação. Por mais que ele faça um trabalho físico fora d’água, que neste período todo, que eles estavam fazendo, mas quando você retorna a água, a sensibilidade é diferente, vai demorar um pouquinho mais para você ter um desenvolvimento máximo”, finalizou Mônica Rezende.

Por Fábio Relvas