Mulheres são maioria no ensino superior no Brasil

Aumento percentual na presença feminina é atribuído à rede privada de ensino

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O último Censo da Educação Superior, levantamento realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou que, em 2021, o número de mulheres matriculadas em cursos de graduação no Brasil era 5,2 milhões, o que corresponde a 58,4% do total de alunos. O dado se refere a cursos presenciais ou educação a distância (EAD) e representa um crescimento de 2,5% se comparado a 2011. Ainda segundo este estudo, a rede privada foi a maior responsável por este aumento no percentual.

De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) e CEO da Trivento Educação, Débora Guerra, os dados são importantes por dois motivos: primeiramente por mostrar que as mulheres estão ganhando espaço e conseguindo se qualificar para o mercado de trabalho e por salientar a importância da rede privada de ensino neste cenário, que vem proporcionando oportunidades de mais pessoas cursarem uma graduação.

“Sabemos que, em nossa sociedade, as mulheres têm que desempenhar diversos papéis, muitas vezes exercendo duplas e triplas jornadas de trabalho. Durante muito tempo, o acesso delas ao ensino superior, que proporciona qualificação e mais oportunidades de emprego e geração de renda, era bem inferior do que o de homens”, afirma. “Isso vem mudando nos últimos anos. E a rede privada de ensino tem uma grande participação nessa mudança, pois cada vez mais está presente em locais onde não havia cursos de graduação”.

A Trivento Educação, por exemplo, mantém atualmente unidades de ensino superior nas cidades de Altamira (PA), Lorena (SP) e Itabirito (MG), cidades de pequeno e médio porte e cujas instituições contam com uma grande presença de estudantes mulheres. 

“Nosso objetivo é levar uma educação superior de qualidade a cidades que não são capitais, facilitando o acesso da população local e do entorno a cursos de graduação que vão além de uma excelente estrutura física. Nossas práticas são alinhadas com as exigências do mercado de trabalho e também desenvolvem liderança, criatividade, inovação e as soft skills, que são habilidades fundamentais no mundo moderno. Fazemos isso por meio de aulas práticas, visitas, cursos, espaços makers, entre outros,” conclui Guerra.