Por volta das 23h40 de ontem, sexta-feira (1°), o motociclista Reginaldo Bezerra de Sousa, de 31 anos de idade, natural de Curionópolis (PA), morreu em acidente de moto. Segundo informações repassadas para polícia, ele trafegava em alta velocidade pela Rodovia Faisal Salmen (PA-275), quando entre a entrada da Rua do Comércio e a ponte que divide os bairros Rio Verde e União, perdeu da motocicleta uma Yamaha Fazer 250, preta, placa OBV-4330,  saiu da pista, para o lado esquerdo, batendo no meio fio arremessado da moto cerca de dez metros de distância caindo de cabeça ao solo, morrendo instantaneamente.

Avisadas, as polícias Militar, Civil e Científica e a equipe do DMTT (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte) estiveram no local. Examinado pelos paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi constatado que Reginaldo já estava morto.

Uma testemunha disse para os agentes de segurança que, minutos antes, havia visto Reginaldo Bezerra ingerindo bebida alcoólica em um bar no Bairro Da Paz. Outro rapaz que trafegava no mesmo sentido disse à polícia a vítima teria lhe ultrapassado em alta velocidade e, de repente, logo à frente, avistou o corpo e a moto ao solo. Exames realizados no corpo da vítima confirmarão ou não se estava sob efeito de bebida alcoólica.

Perita adverte para violação em local de acidente

Uma situação recorrente que vem está causando estranheza e, sobretudo prejudicando os trabalhos de perícia é a remoção de veículos em locais de acidentes. Ouvida pela Reportagem, a perita Danielle Cartaxo confirma que essa atitude prejudica os levantamentos no local.

“Talvez eles não saibam, mas quando é tocado ou retirado algo na cena do crime ou acidente, ocorre ali uma certa violação prejudicando os trabalhos perícias”, ressaltou ela, destacando que é muito importante que, em caso de acidente, o veículo não seja retirado antes da chegada do perito.

“Para mostrar a dinâmica do evento no local de acidente de trânsito e porque pode haver outros vestígios no interior do veículo tanto em moto quanto carro. Então, retirar o veículo do local antes da chegada da perícia criminal atrapalha bastante nosso trabalho com toda a certeza”, afirma a perita.

No caso específico do acidente que ceifou a vida de Reginaldo, o que se observa é que o trecho em que aconteceu o acidente é um retão, o que pode suscitar as hipóteses de que o piloto estivesse embriagado ou até sofrido um mal súbito.

Nesse caso, explica Daniella, com certeza um levantamento no veículo muitas vezes aponta vestígios ainda de bebida alcoólica. “Então, a gente já poderia eliminar essa hipótese de ele ter passado mal, por exemplo, ter tido um mal súbito. Aí só mesmo com o exame de necropsia é que a gente vai poder ter um relato mais completo sobre isso”.

Como a moto foi retirada do local do acidente e foi recolhida ao pátio do Detran, a Polícia Civil terá de fazer uma nova requisição só da perícia para que Daniella Cartaxo possa fazer a perícia no veículo.

(Caetano Silva)