MIT desenvolve robô capaz de “destruir” coronavírus sozinho

A expectativa é que o equipamento possa ser usado em escolas e estabelecimentos comerciais
Por meio da emissão de raios UV, o equipamento é capaz de esterilizar sozinho ambientes (Foto: Reprodução/ CNN)

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MIT projetou um robô capaz de desinfetar o piso de um armazém de 1.200 metros quadrados em apenas meia hora. A expectativa é que, futuramente, esse equipamento possa ser usado para limpar pequenos comércios ou escolas.

O Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da universidade (CSAIL, na sigla em inglês) trabalhou com a Ava Robotics – empresa especializada na criação de robôs – e com o Greater Boston Food Bank para desenvolver o projeto. O robô usa uma luz UV-C personalizada para desinfetar superfícies e neutralizar o coronavírus.

O desenvolvimento desse projeto começou no início de abril e, segundo um dos pesquisadores, veio em resposta direta à pandemia. De acordo com informações divulgadas pela CNN norte-americana, os resultados foram encorajadores o suficiente para se afirmar que a desinfecção autônoma poderia ser realizada em outros ambientes, como supermercados, fábricas e restaurantes.

A Covid-19 se espalha principalmente via transmissão aérea e é capaz de permanecer nas superfícies por vários dias. Com países em todo o mundo relatando um aumento nos casos e sem um cronograma concreto para uma possível vacina, atualmente não é possível estimar quando seria o fim da pandemia. Isso deixa escolas, supermercados e outros tipos de estabelecimentos a procura de soluções para desinfetar efetivamente as áreas.

Embora as soluções de limpeza doméstica sejam capazes de reduzir a propagação do vírus, um robô autônomo seria mais eficiente nesse trabalho. Para desenvolver o mecanismo, os pesquisadores usaram como base um dos robôs móveis da Ava Robotics e o modificaram com uma luminária UV-C personalizada.

O poder da luz UV

A luz UV-C provou ser eficaz em matar bactérias e vírus em superfícies, disseram os pesquisadores. No entanto, a exposição a essa luz é prejudicial aos seres humanos. Para solucionar esse problema, o robô foi construído para ser autônomo, sem a necessidade de supervisão direta ou interação de humanos.

Para operar no armazém, a equipe “ensinou” a inteligência artificial a navegar por passagens pré-definidas. O próximo passo seria aprimorar os sensores do equipamento, de forma que ele possa identificar sozinho as mudanças no ambiente.

Como funciona?

A luminária de UV-C, fixada na parte superior do robô, emite uma luz ultravioleta que mata microorganismos e destrói seu DNA em um processo chamado “irradiação germicida ultravioleta”, disseram os pesquisadores para a CNN. Atualmente, esse processo é normalmente usado em ambientes hospitalares ou médicos para esterilizar salas e impedir a propagação de microorganismos.

Fonte: Época Negócios