Um caso provavelmente de latrocínio está sendo investigado pelos policiais da 23ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, onde foi apresentado nesta quarta-feira (31), pela Polícia Militar, um indivíduo que se identifica como José da Silva Gomes, mas que, segundo a polícia, informa o nome falso, assim como é falsa a Carteira de Identidade dele, na qual nem a impressão digital confere. O mais grave, porém, é que esse homem estava dirigindo um táxi de placas QDR-2668, de Belém, cujo condutor desapareceu após ter sido contratado na capital para trazer dois casais a Parauapebas, no último sábado (27).
A prisão do homem, que se apresenta como José, se deu após moradoras da Vila Palmares considerarem estranho o fato de um desconhecido estar há três dias farreando no carro e em atitude suspeita. A PM foi chamada e ele foi levado à Seccional junto com o veículo. Interrogado pelo delegado Fabrício Andrade, após ter sido desmascarado em relação ao documento falsificado, o desconhecido disse que estava com o táxi de um amigo que veio de Belém e deixou o automóvel com ele, para que trabalhasse em Parauapebas e lhe pagasse as diárias, e que logo ele iria
à delegacia esclarecer tudo.
Versão logo derrubada pelo delegado ao constatar também que o homem, que anda com identidade falsa, sequer tem Carteira Nacional de Habilitação. Ademais, o táxi, de Belém, não poderia fazer corridas em Parauapebas.
Paralelamente, os investigadores da Seccional, empenhados em esclarecer a situação, localizaram, por telefone, em Belém, a mulher do taxista, cujo prenome é Jean. Ela informou que ele saiu no sábado da capital com destino a Parauapebas, após ter sido contratado por dois casais, dizendo que no domingo (28) estaria de volta. O último contato que ela manteve com o marido foi na madrugada de domingo, quando ele disse que estava descansando um pouco, mas que depois pegaria a estrada. Porém, até esta quarta-feira (31) não retornou nem deu notícia.
Em Belém, a família dele já registrou BO (Boletim de Ocorrência) comunicando o desaparecimento. Quanto ao desconhecido, ele foi recambiado para a carceragem do Bairro Rio Verde, em princípio acusado de falsificação de documento público, mas, conforme o delegado Fabrício, se as investigações apontarem que Jean está morto e que ele teve envolvimento no crime, será autuado
também por homicídio.